A reforma política aprovada pela Câmara, que é apenas um espectro do projeto original, teve como protagonista o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele destituiu o primeiro relator, impediu a votação do projeto da comissão especial e colocou a questão direto no plenário. Não ganhou todas – ele perdeu o distritão -, mas foi o centro das discussões. Para o cientista político Paulo Roberto Figueira, da UFJF, o modelo por ele defendido tinha dois eixos centrais: “trocar o sistema eleitoral proporcional pelo chamado distritão (que estimularia uma política ainda mais personalizada e enfraqueceria ainda mais os partidos) e a constitucionalização do financiamento empresarial de campanha (para se antecipar à conclusão do julgamento do STF, que já formou maioria considerando inconstitucional esse tipo de doação)”.