Júlio no páreo
O deputado Júlio Delgado (PSB) decidiu disputar a presidência da Câmara Federal – como anunciou ontem – com base em duas questões: a inconstitucionalidade da candidatura à reeleição do atual presidente Rodrigo Maia (DEM) e a citação deste nos primeiros vazamentos da delação premiada da Odebrecht. “Eu passei o fim de semana estudando o viés jurídico da candidatura do Rodrigo e estou convencido de sua inconstitucionalidade”, destacou o parlamentar ao Painel.
Nome avulso
Júlio reconhece que tem um problema interno para resolver. O PSB, seu partido, decidiu, com grande antecedência, apoiar a reeleição de Maia, o que faz dele um dissidente. “Serei um candidato avulso, mas lutarei para que o meu partido reveja a sua posição. Aliás, alguns companheiros já garantiram que fecham comigo”, destacou. A eleição para a Mesa Diretora será quinta-feira, o que faz do tempo um problema para o parlamentar mineiro. Por isso, sua meta inicial é levar a candidatura ao segundo turno.
Efeito Cunha
Embora o vazamento da delação dos executivos da Odebrecht seja parcial, ocorrida ontem, após a homologação definida pela ministra CármenLúcia, presidente do STF, Júlio considera ter o suficiente para elaborar um discurso de advertência aos pares: “O Rodrigo foi citado, e não podemos passar, de novo, pelo mesmo processo dos últimos anos, quando tivemos um presidente da Câmara acusado de ilícitos. Seria um desgaste muito grande para a instituição”, referindo-se à cassação e posterior prisão do deputado Eduardo Cunha.
Novo ouvidor
O ex-deputado Wadson Ribeiro (PCdoB) toma posse hoje, em Belo Horizonte, como titular da Ouvidoria do Estado, mas espera, ainda para esta semana, a publicação de decreto do governador Fernando Pimentel repassando para a pasta as funções hoje exercidas pela Secretaria Extraordinária dos Polos Regionais. Com essa fusão, Wadson será responsável pelo programa criado na atual gestão, de acompanhamento direto das demandas municipais em 17 regionais espalhadas pelo estado. Juiz de Fora é uma delas.