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Quem sai e quem fica no Governo, a dúvida coletiva dos políticos

Sai ou fica?

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O título acima é a pergunta que não quer se calar e que deve ficar na cabeça dos eleitores, pelo menos até meados da semana que vem. Vale tanto para o prefeito Bruno Siqueira quanto para o governador Fernando Pimentel. Ambos mantêm silêncio absoluto sobre o tema, embora haja algumas pistas, principalmente nas conversas e nas ações paralelas. Em Belo Horizonte, por exemplo, foi anunciado que Pimentel lança sua candidatura à reeleição no dia 9 de abril, mas alguns posicionamentos no xadrez político chamam a atenção. Os deputados Odair Cunha – o forte secretário de Governo – e Miguel Corrêa, da área de Ciência e Tecnologia, devem disputar uma vaga na Assembleia, em vez de buscar a reeleição como federais. Estariam abrindo caminho para Carolina Pimentel, mulher do governador, que pode buscar uma vaga na Câmara Federal. Nesse caso, porém, Pimentel teria que se desincompatibilizar para tentar uma cadeira no Senado Federal.

É a economia

E essa é uma questão importante. Pelos números, Pimentel tem mais chance de se reeleger do que conseguir uma vaga no Senado, cujo tráfego de candidatos está congestionado, embora haja duas vagas. Os petistas apostam num confronto direto com o candidato tucano, reeditando eleições anteriores, no qual seria colocada em foco a situação econômica de Minas. O discurso é jogar no colo do ex-governador todas as mazelas econômicas que prevaleceram nos últimos anos. A polarização, aliás, interessaria aos dois lados, porque os tucanos também poderiam dizer que o atual governador não se mostrou capaz de manter a hegemonia econômica do Estado.

Terceira via

Por isso, entra em foco a chamada terceira via. Um candidato de viabilidade eleitoral poderia apontar para os eleitores que há um outro caminho que não seja o confronto entre tucanos e petistas. O que se diz em Belo Horizonte é que o deputado Rodrigo Pacheco, que vai presidir o DEM em Minas, estaria disposto a incorporar esse discurso. Mais ainda, pode propor até mesmo uma aliança com o ex-prefeito da capital Marcio Lacerda, hoje o nome que mais preocupa os demais candidatos por sua baixa rejeição. Uma composição entre os dois políticos teria forte implicação na campanha, como apontam as primeiras sondagens eleitorais.

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De fora para dentro

Lacerda tem feito uma campanha de fora para dentro, isto é, continua percorrendo o interior do Estado – em Juiz de Fora já veio em mais de uma ocasião, sendo a última no sábado, dia 24, quando prestigiou a filiação do advogado Vítor Valverde no PSB. A capital ficará para a última etapa, uma vez que já é bastante conhecido e tem bons índices de aceitação. Os eleitores, dizem as pesquisas do próprio PSB, se lembram de sua gestão e o consideram um bom gestor. Por isso, a preferência pelas demais regiões do estado, que só agora estão conhecendo seu projeto político. Já Rodrigo Pacheco tem a dificuldade do desgaste pela saída do MDB. Seu nome entra na aposta de um entendimento com Lacerda ou até mesmo de vice na chapa de Antonio Anastasia.

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Filiação

O deputado Lafayette Andrada, que vai tentar uma vaga na Câmara Federal, vai se filiar ao PRB nesta segunda-feira, em Belo Horizonte. A meta é ocupar o espaço político de seu pai, Andradinha, que deve se aposentar da vida pública. Enquanto isso, o ex-prefeito de Barbacena Toninho Andrada, irmão de Lafayette, vai tentar a Assembleia Legislativa, retornando ao mandato que ocupou até ser indicado para o Tribunal de Contas do Estado.

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