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Ciro Gomes diz que gostaria de convidar Josué Alencar, presidente da Coteminas, para ser o seu vice

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O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, quer repetir a fórmula de sucesso do ex-presidente Lula, quando este uniu o discurso de esquerda ao setor produtivo. Em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo”, o representante pedetista disse que gostaria de convidar o empresário Josué Alencar, presidente da Coteminas, para ser o seu vice. O empresário é filho do ex-vice-presidente José Alencar e, a despeito de morar em São Paulo, está filiado em Minas Gerais. Em princípio, sua meta era disputar o Governo, mas pode ser uma opção para o Senado e, agora mais recente, candidato a vice. Há quem garanta que seu interesse por Brasília é mais acentuado.

Caminhos abertos

Se Josué topar a candidatura de vice na chapa de Ciro Gomes, abre-se mais uma porta para o ex-prefeito de Juiz de Fora Bruno Siqueira, uma vez que o empresário, um dos mais ricos do país, estava na lista dos cotados a uma das vagas no Senado. A situação do ex-prefeito melhora mais ainda se a aliança do MDB com o PT continuar abalada, sobretudo após a Assembleia acolher pedido de impeachment do governador Fernando Pimentel com o aval do deputado Adalclever Lopes, até então um dos principais aliados do governador. O partido pode estar caminhando para a candidatura própria, como defende o presidente do diretório estadual, Toninho Andrade.

Indicação polêmica

Coincidentemente, Adalclever deixou o processo prosseguir após o ingresso da ex-presidente Dilma Rousseff no PT de Minas, para disputar uma vaga no Senado. Em seu blog, o jornalista Paulo César Oliveira (PCO) – um dos mais bem informados do estado – destacou que a irritação de Adalclever teve ainda um outro componente. Em BH, correu o boato de que o secretário da Casa Civil, Marco Antônio Rezende Teixeira, iria ocupar a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas, na vaga aberta com a morte da conselheira Andriene Andrade. O MDB quer a vaga. O Governo, agora, espera contar com a maioria na Assembleia para barrar o pedido. Para ser aprovado, são necessários 52 votos.

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Reconciliados

Na última terça-feira, Adalclever deu um passo inesperado: jantou com o presidente do diretório, Toninho Andrade, até então seu adversário dentro do MDB, mas não revelou o teor da conversa. A coincidência foi a decisão da Assembleia, dois dias depois. Mas, em se tratando de política, é cedo para considerar que emedebistas e petistas estão rompidos. No jogo de interesses mútuos, a questão é afinar a sintonia e definir o que pode ser cedido pelos dois lados para manter a aliança que já dura 14 anos. Os deputados apoiam a aliança, mas prefeitos e coordenadores regionais não aceitam. A votação do impeachment na comissão especial a ser criada será emblemática.

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