A uma semana das eleições, os candidatos fazem contas para verificar em que pé estão suas possibilidades de eleição. Na disputa por uma vaga na Câmara, pelo menos dois postulantes estão à frente das pesquisas que, no entanto, só podem ser divulgadas quando registradas na Justiça Eleitoral. Como não foram, servem para controle interno e norteiam as ações de última hora. Não há surpresas, pois os nomes mais cotados nas conversas de rua são os mesmos que pontuam a preferência do eleitor. A questão que colocam em jogo, porém, não é apenas a performance em Juiz de Fora, mas também na região. Pelo atual sistema proporcional, são raros os casos de políticos que saem eleitos de seus próprios redutos ou que ganham um mandato por conta própria. Juiz de Fora, a despeito de ter um colégio eleitoral com quase 400 mil inscritos, tem mais de 40 candidatos, o que pulveriza a opção do eleitor, criando uma situação em que a briga tem que ser resolvida nos demais municípios. Como não há voto distrital, os políticos locais ainda sofrem a concorrência dos chamados paraquedistas – políticos que só aparecem na cidade no período pré-eleitoral.