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Júlio Delgado se posiciona contra aliança do PSB ao MDB em Minas

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Carta aberta
Em publicação na sua página do Facebook, o deputado Júlio Delgado questiona duramente a aproximação do candidato do PSB de Minas, Marcio Lacerda, com o MDB. Segundo ele, trata-se de algo que contraria a própria linha programática do partido. Na carta aberta, ele defende uma aliança nacional com o PDT de Ciro Gomes e acentua que vai trabalhar nesse sentido. O deputado se diz inquieto com a posição de Lacerda. “Ele ambiciona disputar o Governo do Estado, ou tenta se cacifar, a partir dessa movimentação, para ser vice de Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República? Reiterei ao próprio Marcio Lacerda, em encontro que tivemos na última terça-feira, que precisamos todos de uma posição firme da sua pretensão política”, destacou.

Intervenção
Nessa reunião, Júlio e o pré-candidato do PSB divergiram profundamente sobre as alianças. Enquanto estão avançadas as conversas com o MDB, tendo Lacerda como cabeça de chapa, o deputado garante que esse diálogo não vai prosperar. “Não só tenho convicção de que uma aliança com o MDB em Minas não se viabilizará, por intervenção direta da Executiva nacional do partido, como tenho certeza de que, recebendo a convocação do partido, e o apelo de Ciro Gomes, Lacerda não se esquivará dessa missão”, referindo-se à possibilidade de o ex-prefeito de Belo Horizonte, em vez do Governo estadual, disputar como candidato a vice-presidente na chapa de Ciro.

Elas por elas
A participação das mulheres na política institucional foi o tema do encontro de lideranças feministas juiz-foranas organizado pela Secretaria de Mulheres do PT-MG. No “Elas por Elas”, com a deputada Margarida Salomão, a maioria era formada por mulheres negras que fazem a luta em suas comunidades. “Olhamos a política de modo diferente. Querem que acreditemos que a política está longe de nós, mas ela está dentro de casa. Lula nos ensinou que é preciso escutar as pessoas e aprender com a sabedoria que construíram em suas vidas. Essa experiência precisa ser expressa nas câmaras municipais, nas assembleias legislativas, na Câmara Federal e até na Presidência da República”, afirmou a deputada.

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Caça ao voto
As eleições de 2018 são as mais complicadas desde 1989, quando um expressivo número de candidatos se apresentou no primeiro pleito direto da recente democracia. Na ocasião, os finalistas foram o senador Fernando Collor e o ex-presidente Lula, com a vitória do primeiro. Agora, não há favoritos, pois não se sabe se a lista ora apresentada aos eleitores será a mesma até outubro. O cientista político Fernando Perlato, da UFJF, ao participar do “Pequeno Expediente”, da Rádio CBN Juiz de Fora, destacou que alguns fatores são determinantes desse cenário como a forma de financiamento de campanha e a própria instabilidade interna. Sem recursos, os partidos tentam alianças de toda sorte para ganhar tempo na televisão e reforçar seus projetos de deputados federais e estaduais. Ele também chamou a atenção para a cláusula de desempenho, que poderá mudar a conformação do Congresso com um menor número de partidos nos próximos pleitos.

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