Fechadas as urnas e definido o resultado do segundo turno, a indagação seguinte é como ficará o país após as eleições de 2014. Num cenário de campanha polarizada e de forte tensão, há os que temem um quadro de divisão aguda. O cientista político Paulo Roberto Figueira, da UFJF, considera “ótimo” para a democracia a clara diferença de projetos entre os partidos e forças políticas. “Isso, contudo, não quer dizer que não devam ser lançadas pontes de diálogo assim que as urnas fecharem. Quem quer que ganhe vai precisar construir um diálogo civilizado com a oposição.” No seu entendimento, o quadro sugere que Dilma ou Aécio terá mais trabalho para compor a base de apoio ao futuro governo: “por um lado, porque precisará negociar com mais partidos; por outro, porque, mesmo negociando com eles, não há garantias de que todos os deputados daquelas legendas acompanharão essas posições”.