Ícone do site Tribuna de Minas

Eleitores se polarizam sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro

Painel
PUBLICIDADE

Em mais de um de seus recortes, a pesquisa Genial/Quaest, feita no período de 15 e 18 de junho, mostra que a população está dividida sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que começou, nesta quinta-feira, no TSE. Ele está sendo julgado por causa do encontro com representantes estrangeiros acreditados no Brasil, quando fez duras críticas às urnas eletrônicas. Para 47%, ele deve ser condenado e ficar inelegível por oito anos. Por outro lado, 43% são contrários a qualquer tipo de punição.

De acordo com a pesquisa, entre os que que votaram em Lula (PT) no segundo turno, o percentual dos que avaliam que Bolsonaro deve ser considerado culpado pelo TSE sobe para 80%. Os números se invertem entre os que escolheram Bolsonaro no segundo turno. A maioria deles (82%) é contra a condenação. “O julgamento de hoje parece a eleição de 2022: dividida, mas com uma leve desvantagem de Bolsonaro”, destaca o professor Felipe Nunes, que coordena a pesquisa.

A Genial/Quaest também indagou os entrevistados sobre uma eventual condenação de Bolsonaro e quem seria o herdeiro de seus votos. O preferido para substituí-lo no campo bolsonarista é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (33%), depois Michele Bolsonaro (24%) e o governador de Minas, Romeu Zema (11%). “Se inelegível, Bolsonaro continua forte. Ele se torna um importante cabo eleitoral da direita. Para 64% dos eleitores que votaram nele em 2022, o apoio dele a um outro candidato aumenta as chances de voto nesse candidato”. A pesquisa foi realizada com 2.029 entrevistas presenciais domiciliares em 120 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro estimada é de 2.2 pontos percentuais com 95% de nível de confiabilidade.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile