O governador Fernando Pimentel retorna a Juiz de Fora, nesta segunda-feira, para formalizar a inauguração da rodovia que liga a BR-040 à MG-353, e a sua interseção, e do Centro de Prevenção à Criminalidade, que faz parte do programa Fica Vivo. Mas é quase certo que o governador também anuncie a liberação de recursos para recuperação dos Grupos Centrais, que ele próprio, por meio do secretário de Educação, Wieland Silberschneider, já tinha anunciado quando da inauguração do Teatro Paschoal Carlos Magno. A propósito, o cerimonial do Governo concentrou todos os eventos no próprio teatro.
Cidadão honorário
Pimentel, que está mudando a sua relação com os prefeitos, desgastada por causa dos repasses do IPVA e do ICMS que atrasaram, deve retornar à região já no dia seguinte. Na terça-feira, em evento previsto para a Câmara Municipal de Rio Novo, estará naquele município, a 40 quilômetros de Juiz de Fora, para receber o título de Cidadão Honorário. É pouco provável que pernoite em Juiz de Fora para encurtar a viagem. Deve voltar para Belo Horizonte, depois da solenidade no Teatro Paschoal Carlos Magno, e retornar, no dia seguinte, para a solenidade em Rio Novo, prevista para as 10h da manhã.
Sob pressão
A despeito dos desmentidos da direção estadual do PSB, foi emblemático o encontro entre os governadores Fernando Pimentel, de Minas, e Paulo Câmara, de Pernambuco, na noite de quinta-feira, em Recife. Como peça de resistência, a sucessão nos dois estados. A proposta colocada à mesa é a retirada da candidatura do socialista Márcio Lacerda, que poderia disputar o Senado ou a vice na disputa presidencial de Ciro Gomes, enquanto no Nordeste a candidatura Marília Arraes (PT) seria desmobilizada em favor dos socialistas.
Terceira via
Lacerda não falou sobre o assunto, mas mantém a estratégia de percorrer o Estado vendendo a sua candidatura. Ele também tem participado de eventos nacionais, nos quais tem usado a sua experiência de empresário bem-sucedido para dizer que tem todas as condições de dirigir Minas. Ademais, trabalha com números. Tem posse de dados indicando que 62% dos mineiros não votariam nem no petista Fernando Pimentel nem no tucano Antônio Anastasia, o que faz dele a terceira via. A pressão, de fato, existe, mas Lacerda e seu grupo observam que não há condições de ceder a esse tipo de acordo.