A indefinição do sucessor do ministro Luís Roberto Barroso no STF (Supremo Tribunal Federal) e a postura do próprio senador Rodrigo Pacheco, que tem se mostrado apático na discussão estadual, criaram um cenário de incertezas na disputa pelo governo de Minas. Por enquanto, apenas o vice-governador Mateus Simões está em campo, após ter deixado o Novo e migrado para o PSD de Gilberto Kassab. Ele tenta fechar alianças, mas ainda não obteve garantias de outras legendas. Depois da COP30, o presidente deve, finalmente, dizer se o senador será o ministro ou se espera tê-lo como candidato ao Governo.
Em Belo Horizonte há especulações para todos os gostos. Na ausência de Pacheco, quem seria o candidato apoiado pelo presidente Lula? Em evento na noite de quinta-feira, o PDT deu boas-vindas ao ex-prefeito Alexandre Kalil, com a participação de lideranças do PT. Até o presidente nacional do partido, Edinho Silva, estava convidado, mas ele cancelou a visita na última hora em decorrência da morte do ex-deputado Paulo Frateschi, um quadro histórico do PT. Aos jornalistas, Kalil ressaltou que está aberto ao diálogo. “Eu converso com qualquer candidato, com exceção ao Governo, com qualquer partido que quiser vir acompanhar”, destacou.
O tempo está ficando curto para Rodrigo Pacheco. O PSD, seu partido, se comprometeu com vice-governador Mateus Simões. O MDB lançou candidatura própria com o ex-vereador Gabriel Azevedo, e o União está em federação com o PP, devendo apoiar um candidato da direita. Resta o PSB, que tem entre os seus quadros os deputados Luiz Fernando Faria e Noraldino Júnior. Ao Painel, Luiz Fernando destacou que qualquer definição só deve ocorrer no mês que vem.
A prefeita de Contagem, Marília Campos, é citada em todas as discussões como candidata a vice na eventual chapa de Rodrigo Pacheco, mas ela descarta ser o plano B, isto é, ser candidata ao Governo pelo Partido dos Trabalhadores. A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, salientou que Marília quer disputar uma vaga no Senado, que no pleito de 2026 vai eleger dois terços da casa, isto é, dois senadores com o encerramento dos mandatos do próprio Rodrigo Pacheco e Carlos Viana, que podem tentar a reeleição.

