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Demora de Almas deixa aliados sem candidatura própria

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Quando a pandemia do coronavírus começou a ganhar corpo no interior, o prefeito Antônio Almas avisou à sua equipe que iria se dedicar intensamente ao combate à infecção não apenas por ser médico, mas também por considerar seus efeitos diretos na vida da população e na economia. Com isso, deixou claro que estava fechado a conversas em torno de sua candidatura à reeleição. E assim foi feito. Nas várias tentativas, interlocutores ouviram uma resposta única: “ainda não é hora”. Na etapa final, Almas disse que quem quisesse – inclusive de seu partido – estava liberado para apoiar qualquer projeto, pois ele não falaria sobre o assunto.

Decisão não causou surpresas

Com o aumento da pressão e encurtamento dos prazos, ele convocou uma coletiva e anunciou, num evento no Teatro Paschoal Carlos Magno, o que quase todos já sabiam: não seria candidato. O ato em si não surpreendeu, mas as consequências foram profundas não apenas no espaço tucano, mas também no seu principal aliado, o MDB. O PSDB ainda tentou um plano B e convidou o ex-deputado Marcus Pestana para ser o candidato. Este pediu prazo, mas seus próprios interlocutores já sabiam que não toparia. A primeira pista foi a manutenção de sua coluna em jornais após o prazo de desincompatibilização. Além disso, a família já havia ponderado que no momento em que ele estava indo bem na iniciativa privada, com sua consultoria, investir num projeto de última hora era um problema. Ele, então, disse não, mas fez questão de destacar que o atraso de Almas comprometeu o projeto de candidatura própria. O partido, agora, conversa com o partido Republicanos da candidata Ione Barbosa.

MDB esperou até o último momento

No MDB as consequências foram as mesmas. Vencedor nas duas últimas eleições, o partido, com vários postos no primeiro e segundo escalões da Prefeitura e na administração indireta, esperou até a última hora uma definição de Almas. Chegou a ensaiar uma candidatura própria com o juiz aposentado José Armando da Silveira, que acabou não se consolidando. Com isso, o grupo liderado pelo ex-prefeito Bruno Siqueira abriu conversações com a candidata Sheila Oliveira, do PSL.

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