Com a proximidade do período de convenções partidárias, em princípio, de 20 de julho a 5 de agosto, o cenário político começa a ganhar contornos, mas traz junto as especulações. Em Belo Horizonte, onde as decisões são tomadas, não faltam boatos. O mais recente é de que o governador Fernando Pimentel está relutante quanto ao projeto de reeleição e teria como plano B o empresário Josué de Alencar. Mas esse discurso não é novo. Até alguns dias atrás, o que se dizia é que ele seria substituído pela ex-presidente Dilma Rousseff na cabeça de chapa. Foi preciso antecipar o anúncio da candidatura dela ao Senado para deter o noticiário. O que há de concreto é a indefinição generalizada, sobretudo quando se fala de alianças.
Menos com o PT
Um dos alvos é o MDB. O partido, nos muitos encontros regionais que tem realizado — um deles ocorreu em Juiz de Fora —, encampou o discurso da candidatura própria, mas até as pedras do diretório sabem que não tem um nome competitivo. E é por conta disso que a bancada federal tem batido na tecla da aliança já no primeiro turno, pois os cargos proporcionais não passam pelo segundo. O deputado Fábio Ramalho tem insistido na retomada da aliança com o PT, mas tem encontrado resistências. Alguns partidários dizem que até topam abrir mão da cabeça de chapa, mas não em aliança com o Partido dos Trabalhadores, por ser um “casamento” que já não tem mais chance de dar certo.
Quer impugnar
A candidatura de Dilma Rousseff deve ser referendada na convenção, mas seus adversários estão dispostos a recorrer à Justiça para impugnar sua pretensão. No dia 1º, o jornal “Estado de S. Paulo”, na Coluna do Estadão, assinada pela jornalista Andreza Matais, revelou que “o presidente do PSDB no Estado, Domingos Sávio, afirma que a legislação sobre o impeachment é clara: além da perda do mandato, determina a perda dos direitos políticos. O acordo feito no Senado no dia da cassação, que vetou essa parte da punição, não seria suficiente para garantir sua candidatura. O tucano está confiante que o próprio MPE proporá a impugnação. Caso não o faça, o PSDB já se prepara para fazê-lo”.
Pelo usuário
Na mesma semana em que sancionou o Plano Diretor do Município —o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana —, o prefeito Antônio Almas sanciona, nesta quinta-feira, projeto de lei que instala em Juiz de Fora o Conselho Municipal dos Usuários, ocasião em que será lançado também o Portal de Serviços, pelo qual a comunidade terá acesso a todo tipo de informação de interesse coletivo. O evento vai ocorrer no Anfiteatro João Carriço, na antiga sede da Prefeitura, na esquina da Rua Halfeld com a Avenida Rio Branco.
Falha nossa
O Painel atrasou em um dia a decisão do prefeito Antônio Almas sobre a criação do Conselho Municipal dos Usuários, o que ocorreu, de fato, na quarta-feira (4), como a própria Tribuna mostrou em matéria na edição desta quinta-feira (5). O documento, em forma de mensagem, agora será encaminhado à Câmara para discussão e votação dos vereadores. Se aprovado, ele volta ao Executivo, aí sim, para a devida sanção e regulamentação.