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Especulação na rede

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Especulação na rede
Uma nota que transitou pelas redes sociais, ainda na manhã de terça-feira, provocou indignação no vereador Rodrigo Mattos. O texto indicava que, numa eventual saída do prefeito Bruno Siqueira, para participar das eleições de outubro, a sucessão não se daria necessariamente com o vice-prefeito Antônio Almas. Este, dizia a nota, reagiria dando espaço para Rodrigo, atual presidente da Câmara. Mas a situação não é bem essa. Como se passou apenas menos da metade do mandato, uma situação como essa provocaria uma nova eleição. Ademais, Rodrigo será presidente da Câmara somente até dezembro, quando termina o seu mandato.

Filiação
O vereador tucano, aliás, começa a quarta-feira em Belo Horizonte para dar prosseguimento às conversas para definir sua filiação partidária. Com saída certa das fileiras do PSDB, ele avalia as possibilidades apresentadas pelo DEM, pelo PHS e pelo Avante. O Democratas, agora presidido pelo deputado Rodrigo Pacheco, gostaria de tê-lo em suas fileiras, mas Mattos e seu grupo fazem contas. Dependendo das alianças, o ponto de corte do partido se aproximaria dos cem mil votos. Dessa forma, seria melhor continuar no PSDB. A opção mais viável é o PHS, dirigido pelo deputado Marcelo Aro, que teria dado garantias de amplo espaço ao vereador.

No prazo final
O prefeito Bruno Siqueira também mantém conversas com lideranças de Belo Horizonte, mas irá consumir todos os prazos até anunciar sua decisão. Estes se esgotam na virada de sexta-feira para sábado. Portanto a cidade só saberá se ele sai ou continua no fim de semana. As apostas continuam, e a possível saída está liderando as especulações, mas política, como lembrava o ex-governador Magalhães Pinto, é igual nuvem, a cada hora em um lugar. O prefeito já avaliou todos os cenários, mas depende de decisões que fogem ao seu controle. Uma delas envolve o próprio governador Fernando Pimentel. Até agora, ele não disse oficialmente se vai disputar a reeleição.

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Palanque mineiro
A posição do governador é emblemática não apenas para o prefeito de Juiz de Fora mas para o próprio Partido dos Trabalhadores. Sem ele, como ficaria a candidatura ao Governo de Minas? Durante todo esse tempo, o partido trabalhou com a perspectiva da reeleição, não forjando nenhum outro nome para levar ao palanque. Ademais, sem um nome forte em Minas, o PT corre risco idêntico ao PSDB, em 2014, que disputou uma eleição nacional com Aécio Neves como franco favorito, mas derrotado em seu próprio estado por indicar um candidato que já teve expressão política, mas que estava fora do jogo há muito tempo. Pimenta da Veiga era um mero desconhecido para a maioria dos eleitores. O resultado todos sabem.

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