O Instituto Quaest avaliou a repercussão da Operação Escudo, da Polícia Militar de São Paulo, realizada no Guarujá e em Santos, no dia 28 de julho, após um policial da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) ter sido morto em uma comunidade. Ela gerou mais de 227 mil menções no período analisado, sendo 81% delas negativas. De acordo com o pesquisador Felipe Nunes, as falas do governador Tarcísio de Freitas e, principalmente, do ministro Flávio Dino, inflamaram as redes sociais, aumentando as menções sobre o tema. “A Operação logo se tornou uma “competição de narrativas” para os internautas da direita, que saíram em defesa do Governador e encontraram no momento uma oportunidade de realizar críticas ao governo petista.
Os autores favoráveis à operação policial parabenizaram Tarcísio, criticaram as falas de Flávio Dino e de Silvio Almeida sobre o tema e acusaram o governo petista de não demonstrar solidariedade pelo soldado morto, apenas pelos “bandidos” mortos. Para os autores contrários à operação, esta foi considerada uma chacina e foram mobilizados argumentos a respeito das câmeras nos uniformes dos policiais (que, em campanha, Tarcísio prometeu retirar), chamaram atenção para abusos por parte dos policiais nas comunidades e mencionaram que Tarcísio estaria se revelando como um radical, ao contrário da imagem de moderado que cultiva.”