A água é essencial para o funcionamento do organismo. Do cérebro aos rins, passando pela digestão, circulação e regulação da temperatura corporal, tudo depende de uma hidratação adequada.
Apesar disso, muitas pessoas ainda seguem recomendações genéricas, como os famosos dois litros por dia, sem saber exatamente de onde essa ideia veio — e se ela de fato faz sentido.
Você vai se surpreender com a quantidade de água que deve beber por dia
O que poucos sabem é que há, sim, uma quantidade ideal de ingestão diária de água, baseada em estudos científicos sérios. E essa recomendação não é fixa: ela varia conforme diversos fatores, como idade, sexo, clima, nível de atividade física e até o tipo de alimentos consumidos.
De acordo com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), adultos devem consumir, em média, cerca de 2,5 litros de água por dia no caso dos homens, e 2 litros no caso das mulheres.
Mas essa conta inclui não apenas a água pura, como também aquela presente nos alimentos e em outras bebidas. Frutas, vegetais, sopas, sucos, leite e até o café entram nessa soma.
Cerca de um quarto da nossa ingestão hídrica diária vem dos alimentos — o restante, claro, precisa ser reposto diretamente.
O motivo para essa recomendação está na forma como o corpo lida com a perda natural de líquidos. Suor, urina, respiração — tudo isso nos faz perder água o tempo inteiro.
Quando a reposição não é suficiente, o organismo entra em déficit, o que pode causar desde sintomas leves, como dor de cabeça e cansaço, até problemas mais graves, como confusão mental, queda de pressão e prejuízos ao funcionamento renal.
Corpo é um bom indicador sobre quantidade certa de água
Por outro lado, o excesso também traz riscos. Ingerir água além do necessário, em grandes volumes e sem necessidade real, pode provocar a diluição de eletrólitos importantes, como o sódio.
Esse desequilíbrio, conhecido como hiponatremia, pode ser perigoso, especialmente em pessoas mais sensíveis ou em práticas esportivas intensas.
No fim das contas, o corpo é um bom indicador. A sede é um sinal confiável e, em condições normais, basta segui-la para manter o equilíbrio.
Mas é preciso atenção redobrada em casos de esforço físico, altas temperaturas ou condições médicas específicas, quando a sensação de sede pode não ser suficiente.
Conhecer suas reais necessidades hídricas — e não seguir modismos — é o melhor caminho para uma hidratação saudável.