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Visto para os EUA pode ser recusado por causa de redes sociais

Por Leticia Florenço
05/06/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Visto Americano - Reprodução/iStock

Visto Americano - Reprodução/iStock

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Recentemente, o governo dos Estados Unidos intensificou suas medidas de controle na concessão de vistos, incluindo uma nova exigência que tem gerado bastante debate internacional: a análise das redes sociais dos solicitantes.

Essa mudança, anunciada oficialmente pelo Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, representa um marco no processo de avaliação dos pedidos de entrada no país e levanta questões importantes sobre privacidade, direitos civis e segurança nacional.

Contexto da nova diretriz sobre redes sociais

Na última sexta-feira, 30 de maio, Marco Rubio enviou uma carta oficial a embaixadas e consulados dos EUA no mundo todo, instruindo que a ausência de presença online ou em redes sociais pode ser motivo para negar um visto.

Ou seja, aqueles que não possuem contas em plataformas como Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, entre outras, poderão enfrentar dificuldades na aprovação de seus pedidos.

Esta medida faz parte de um projeto piloto para testar o impacto e a eficiência dessa nova etapa de análise, que deve ser ampliada futuramente. O governo justifica que essa ação visa aumentar a segurança nacional, prevenindo possíveis ameaças e identificando melhor o perfil dos solicitantes.

Motivações por trás do controle rigoroso

O endurecimento no processo de concessão de vistos não ocorre de forma isolada. Ele está inserido em um contexto mais amplo, marcado por tensões políticas e disputas entre o governo federal e instituições americanas, especialmente universidades de elite.

Recentemente, o governo suspendeu o agendamento de novas entrevistas para vistos de estudantes em algumas regiões, uma medida que faz parte da chamada “queda de braço” entre Washington e universidades como Harvard.

Essas instituições foram acusadas por autoridades americanas de fomentarem protestos antissemitas no campus, o que colocou os controles migratórios em destaque como instrumento de política interna.

O papel das redes sociais na avaliação de vistos

A exigência de analisar perfis em redes sociais como parte do processo de concessão de vistos traz uma nova dimensão para o controle migratório. Isso ocorre porque essas plataformas revelam informações que vão além dos dados formais apresentados na documentação tradicional.

A análise dos perfis pode fornecer pistas sobre o comportamento, ideologias, conexões sociais, e até possíveis riscos de segurança, segundo o governo americano. Porém, o método também suscita preocupações quanto à invasão de privacidade, além do risco de preconceitos e julgamentos injustos baseados em postagens ou informações públicas.

Ausência nas redes sociais como fator negativo

Uma novidade importante na nova diretriz é que a ausência completa de presença nas redes sociais pode ser encarada como um sinal de alerta. A lógica por trás dessa orientação é que, em um mundo cada vez mais conectado, a falta de perfil online pode indicar falta de transparência ou até mesmo uma tentativa de ocultar informações.

No entanto, essa interpretação levanta dúvidas: muitas pessoas optam por não participar de redes sociais por questões pessoais, de segurança, ou mesmo por crenças filosóficas. O fato de serem penalizadas por isso no processo de visto pode ser visto como um novo tipo de discriminação digital.

Impactos para solicitantes brasileiros e do mundo

Essa nova exigência dos EUA afeta diretamente brasileiros e cidadãos de outros países que buscam oportunidades acadêmicas, profissionais ou de turismo nos Estados Unidos. Solicitar um visto tornou-se um processo ainda mais complexo, em que o simples fato de não possuir uma conta ativa em redes sociais pode colocar o pedido em risco.

Além disso, a análise das redes sociais pode atrasar processos, aumentar o número de recusas e gerar incertezas para os interessados em estudar ou trabalhar nos EUA, principalmente em um momento de tensão política global.

Reflexões sobre segurança, privacidade e direitos civis

Embora o governo americano defenda a medida como essencial para a segurança nacional, especialistas em direitos civis e privacidade alertam para os riscos dessa nova política.

A coleta e análise de dados pessoais nas redes sociais sem critérios claros pode gerar abusos, violações da privacidade e discriminações baseadas em opiniões políticas, religião, etnia ou outras características pessoais.

Além disso, a transparência sobre como essas informações serão usadas, armazenadas e protegidas ainda é limitada, o que preocupa organizações de proteção de dados e a comunidade internacional.

O que esperar para o futuro?

De acordo com Marco Rubio, a atual política é um projeto piloto que pode servir como modelo para futuras regras de imigração e concessão de vistos. Isso indica que o uso das redes sociais como instrumento de análise migratória tende a crescer e se tornar padrão.

Portanto, é fundamental que os candidatos a visto estejam atentos às suas presenças digitais, bem como aos documentos tradicionais. Por outro lado, governos e entidades civis precisam acompanhar o desenrolar dessas medidas para garantir que os direitos individuais sejam respeitados, mesmo diante das novas exigências de segurança.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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