Na madrugada da última terça-feira (22), moradores de diversas regiões do Brasil foram surpreendidos por um espetáculo natural raro e impressionante: a chuva de meteoros Líridas.
O fenômeno celeste, que ocorre anualmente em abril, ganhou destaque nos céus do Rio Grande do Sul, onde câmeras de observatórios astronômicos capturaram dezenas de meteoros cortando o firmamento em alta velocidade.
VÍDEO: Céu brasileiro é iluminado por chuva de meteoros
O ápice da atividade ocorreu entre a noite de segunda-feira (21) e o amanhecer de terça, com destaque para registros em cidades como Passo Fundo e Taquara.
Nessas localidades, o céu escuro favorecido pela Lua em fase minguante ofereceu as condições ideais para observar o evento, apesar da presença de nuvens e umidade em alguns momentos.
Segundo especialistas, em média, foram observados de 10 a 20 meteoros por hora durante o pico — um número expressivo para essa chuva considerada de intensidade moderada.
As Líridas são provocadas por detritos deixados pelo cometa C/1861 G1 Thatcher, que completa uma órbita ao redor do Sol aproximadamente a cada 415 anos.
Quando a Terra cruza essa trilha de fragmentos, essas partículas entram na atmosfera e se incendeiam por atrito, criando os riscos luminosos visíveis no céu.
O ponto de origem visual do fenômeno, chamado de radiante, está localizado na constelação de Lira, visível nas madrugadas do hemisfério sul nesta época do ano. Confira abaixo:
Chuva de meteoros ainda pode ser vista nos próximos dias, mas com menor intensidade
A observação da chuva de meteoros ainda é possível nos próximos dias. Embora o pico já tenha passado, meteoros esporádicos ainda podem ser vistos até o fim do mês, especialmente em áreas com baixa poluição luminosa.
Locais afastados de centros urbanos, como zonas rurais, regiões serranas e parques naturais, oferecem o melhor cenário para quem quiser tentar observar o fenômeno.
Especialistas alertam que o uso de equipamentos como telescópios ou binóculos não é recomendado, já que eles restringem o campo de visão necessário. O ideal é observar a olho nu, de preferência entre 2h e 4h da madrugada, quando a atividade costuma ser mais intensa.
Se o clima colaborar, o céu brasileiro ainda reserva belas surpresas para os amantes da astronomia nos próximos dias.