A compra de carros em leilões tem ganhado popularidade no Brasil, impulsionada por preços mais acessíveis que os do mercado convencional. De acordo com a Copart, empresa especializada no segmento, as vendas cresceram 18% em 2024 na comparação com o ano anterior.
A proposta de pagar menos atrai muitos compradores, mas o processo exige cautela. Os veículos leiloados costumam vir de seguradoras, instituições financeiras ou órgãos públicos, e podem ter histórico de sinistro, inadimplência ou desativação de frota. Embora os descontos cheguem a 40% abaixo da tabela Fipe, é comum que esses automóveis apresentem falhas mecânicas, pendências legais ou dificuldades na regularização documental.
Compra de carro em leilões
Entrar no mercado de leilões de veículos exige mais do que apenas interesse por preços baixos — requer planejamento e atenção a detalhes. Especialistas orientam que o comprador leia cuidadosamente o edital do leilão, investigue a origem do veículo, verifique a existência de dívidas e, se possível, realize uma inspeção presencial antes de dar o lance. Confiar apenas em fotos pode levar a surpresas desagradáveis, como danos ocultos ou custos extras com transporte e documentação.
Outro obstáculo frequente é a contratação de seguro. Carros oriundos de leilão costumam enfrentar resistência das seguradoras, que exigem avaliações mais rigorosas e costumam oferecer indenizações menores. Isso se deve ao maior risco de fraudes ou reparos mal feitos que podem comprometer a integridade do veículo.
Conselhos
Ter experiência no ramo faz diferença. Para os iniciantes, a recomendação é contar com assessoria especializada ou buscar informações detalhadas sobre os processos. Compreender os custos envolvidos e avaliar a confiabilidade do leiloeiro ajuda a evitar erros e prejuízos.
Apesar das vantagens financeiras, comprar em leilão não é tarefa simples. É preciso pesar todos os aspectos — do estudo prévio do edital à possibilidade de seguro — para garantir que a economia não resulte em futuras dores de cabeça.
