De acordo com informações do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio), o uso de VPN é completamente legal no Brasil. A ferramenta é amplamente utilizada para proteger a privacidade digital, garantir segurança em redes públicas e acessar conteúdos de forma mais segura.
Vale mencionar que essa decisão é amparada pelo Marco Civil da Internet, a prática respeita princípios como privacidade, proteção de dados e neutralidade da rede.
No entanto, cresce no país uma tendência que tem gerado dúvidas e polêmicas: usar VPN para acessar preços mais baixos em serviços de streaming, jogos e softwares de outros países. A estratégia, embora popular, levanta questões legais, contratuais e de segurança digital.
VPN é legal no Brasil, mas nem tudo é permitido
É importante mencionar que o uso da VPN em si não configura crime no Brasil. A legislação não proíbe a ferramenta, desde que seu uso esteja associado a finalidades lícitas, como proteção de dados ou acesso a conteúdos restritos geograficamente.
Entretanto, utilizar VPN para burlar restrições comerciais ou obter vantagens econômicas, como preços mais baixos praticados em outros países, pode violar os termos de uso das plataformas. Isso porque empresas como Steam, Spotify, Adobe e Epic Games possuem cláusulas claras que proíbem esse tipo de prática.
Outro detalhe importante é que, embora a ferramenta não seja ilegal, o descumprimento dos contratos pode resultar em sanções, como bloqueio da conta, perda de acesso a serviços e até banimento permanente.
Casos desse tipo já foram relatados por usuários brasileiros nas plataformas Xbox e Steam, especialmente quando tentaram adquirir jogos com preços de regiões como Turquia ou Argentina.
Riscos financeiros e de segurança ao usar VPN indevidamente
Vale mencionar que os problemas não param por aí. O uso de VPN para compras internacionais pode gerar transtornos financeiros.
Isso porque bancos e operadoras de cartão podem bloquear transações suspeitas, especialmente quando há divergência entre a localização do IP e o país do cartão. Além disso, há cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em transações internacionais, o que pode anular parte da economia pretendida.
Outro ponto crítico é a segurança digital. VPNs gratuitas ou de procedência duvidosa podem expor os usuários a riscos sérios, como vazamento de dados, ataques de malware e roubo de informações. Isso acontece uma vez que muitas dessas VPNs registram atividades online e comercializam esses dados com terceiros.