O Escritório de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia (ESA) alertou que o asteroide 2024 YR4 tem uma chance de colisão com a Terra estimada em 2,1%. Além disso, há uma pequena possibilidade de impacto com a Lua, segundo especialistas da NASA e da Universidade do Arizona.
Vale mencionar que o telescópio espacial James Webb será utilizado para refinar as projeções e avaliar com maior precisão a trajetória do corpo celeste.
O asteroide 2024 YR4 foi descoberto em dezembro de 2024 pelo observatório ATLAS, no Chile, e desde então tem sido monitorado por diversas instituições internacionais. Com um diâmetro estimado de 55 metros, sua colisão poderia liberar uma energia equivalente a 8 megatons, mais de 500 vezes a potência da bomba atômica de Hiroshima.
Embora não represente um risco global, o impacto em uma grande cidade causaria destruição significativa.
Vale mencionar que, desde sua descoberta, a probabilidade de impacto variou entre 1,2% e 2,3%, estabilizando-se na estimativa atual de 2,1%. Especialistas preveem que esses números ainda podem mudar conforme novas observações são realizadas.
Outro detalhe importante é que este é o primeiro asteroide a atingir o nível 3 na Escala de Turim, que avalia riscos de colisão. Isso significa que ele possui mais de 1% de chance de impactar a Terra, o que justifica o intenso monitoramento internacional.
Risco para a Lua e possível impacto na Terra
Além da Terra, a Lua também pode ser um alvo do 2024 YR4, embora a probabilidade de impacto seja menor, estimada em 0,3%. Segundo o engenheiro David Rankin, do Catalina Sky Survey, caso isso ocorra, o impacto poderia ser visível do nosso planeta.
Outro detalhe importante é que a energia liberada seria equivalente a 340 bombas de Hiroshima, abrindo uma cratera de até 2 km de diâmetro na superfície lunar.
Isso porque a Lua já sofreu inúmeros impactos ao longo da história, o que explica sua superfície cheia de crateras. Entretanto, um choque com o 2024 YR4 poderia lançar fragmentos ao espaço, alguns dos quais poderiam atingir a Terra. Felizmente, a maioria desses detritos queimaria ao entrar na atmosfera, sem representar um perigo significativo.
Monitoramento e próximos passos
O telescópio espacial James Webb medirá com maior precisão a trajetória do asteroide a partir de abril. Os cientistas esperam que, com novas observações, a chance de colisão com a Terra caia para zero antes de dezembro de 2032, quando o asteroide passará mais próximo do planeta.
A ONU, por meio da Oficina das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (UNOOSA), reforça a importância da conscientização sobre ameaças espaciais e defesas planetárias. Para isso, propôs que 2029 seja o ‘Ano Internacional de Conscientização sobre Asteroides’.