De acordo com informações do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e observações recentes realizadas pelo Telescópio Espacial James Webb, uma descoberta feita no início de 2025 pode colocar em xeque as teorias predominantes sobre a formação de buracos negros supermassivos.
Com isso, os astrônomos detectaram quasares extremamente antigos e solitários, localizados em regiões inesperadamente vazias do universo, o que desafia modelos cosmológicos estabelecidos.
Esses quasares, observados a partir de luz emitida há cerca de 13 bilhões de anos, levantam novas questões sobre como estruturas tão massivas poderiam se formar em áreas com baixa densidade de matéria, cenário oposto ao previsto pelas teorias atuais.
Quasares solitários surpreendem a ciência
Quasares são os núcleos extremamente brilhantes de galáxias recém-nascidas, alimentados por buracos negros supermassivos. Normalmente, os cientistas assumem que esses objetos surgem em regiões densas do universo primitivo, ricas em matéria escura e rodeadas por múltiplas galáxias.
No entanto, com a capacidade do Telescópio Webb de captar luz infravermelha, essencial para observar objetos tão distantes, foi possível identificar quasares localizados em ambientes quase isolados.
Vale mencionar que a equipe do MIT conseguiu distinguir cinco quasares antigos. Alguns deles estavam em campos com mais de 50 galáxias próximas, mas outros surpreendentemente ocupavam áreas com pouca ou nenhuma galáxia ao redor.
Essa observação quebra um paradigma essencial da astrofísica: de que buracos negros supermassivos precisariam de vastas quantidades de matéria ao redor para crescer rapidamente.
O que isso significa para os buracos negros?
É importante mencionar que a expansão do universo provoca o chamado “deslocamento para o vermelho”, que estica a luz dos objetos mais distantes. O Webb, por ser sensível à luz infravermelha, consegue captar esses sinais tênues e observar o universo como era nos seus primeiros instantes.
Com isso, a existência de quasares em ambientes menos densos sugere que o processo de formação de buracos negros supermassivos pode ocorrer de forma diferente do que se pensava. Modelos que pressupõem um ambiente altamente povoado por galáxias e matéria escura podem precisar ser revistos.
Outro detalhe importante é que a descoberta pode afetar diretamente o entendimento da evolução do universo e da formação de estruturas cósmicas. Sendo assim, novas investigações serão essenciais para entender como esses quasares conseguiram se formar e crescer em regiões tão isoladas.