Inspirados nos clássicos modelos flip, como o Motorola Razr V3, os celulares dobráveis oferecem a conveniência de serem dispositivos compactos que se tornam ainda menores quando dobrados. No entanto, devido à tecnologia avançada e aos materiais inovadores utilizados, os celulares dobráveis ainda possuem um preço elevado, o que restringe sua popularização em massa.
O desenvolvimento desses dispositivos foi viabilizado por inovações tecnológicas, como o uso de vidros ultrafinos que conseguem se dobrar sem quebrar — uma verdadeira revolução no design de smartphones. Embora o processo envolva uma tecnologia sofisticada, sua criação é fundamentada em princípios simples de física e engenharia de materiais, que permitem a flexibilidade e resistência desses aparelhos.
Tecnologia UTG
Esses aparelhos utilizam “vidro ultrafino” (UTG), um material mais frágil que o vidro convencional, mas que se dobra com mais facilidade à medida que é mais fino. Para ilustrar, imagine um pedaço de madeira fina que pode ser curvado sem quebrar, enquanto uma peça espessa seria mais rígida e se partiria com mais facilidade. O UTG funciona de forma similar, permitindo flexibilidade sem comprometer a tela.
- Resistência: É resistente a centenas ou até milhares de ciclos de dobragem.
- Uso de polímeros: A aplicação de polímeros ajuda a reduzir a tensão durante o processo de flexão.
- Espessura: É extremamente fino, mais fino que um fio de cabelo.
- Flexão sem danos: As telas dobráveis não são dobradas em ângulos totalmente fechados para evitar danos.
- Primeiras gerações: Modelos de primeiras gerações tinham um “vão” entre as duas partes da tela quando o celular estava dobrado.
- Tecnologia de dobradiças: Nos modelos mais recentes, dobradiças em formato de “gota” eliminam esse “vão”, permitindo que as metades da tela se toquem sem lacunas.
Durabilidade dos celulares dobráveis
Uma das principais preocupações em relação à durabilidade dos celulares dobráveis envolve a camada plástica externa da tela. O plástico, por ser mais flexível, é responsável por absorver arranhões e riscos, protegendo o vidro frágil que está abaixo.
Nos primeiros modelos, muitos usuários acabaram retirando essa camada por engano, acreditando ser uma película descartável, o que resultava em danos ao aparelho. Hoje em dia, entende-se que essa camada plástica é fundamental para a proteção do dispositivo.