Uma sucuri adulta foi flagrada no interior da eclusa da usina hidrelétrica de Barra Bonita, localizada no Rio Tietê, em São Paulo. O réptil, avistado em dois dias consecutivos, chamou a atenção de estudantes e professores que participavam de uma excursão educativa. A aparição inesperada acabou se tornando uma excelente oportunidade para vivências práticas de educação ambiental.
No primeiro dia, a cobra foi notada entre as moitas de aguapés, plantas aquáticas comuns na região. Já no dia seguinte, a cena foi ainda mais surpreendente: a serpente tentou escalar o paredão da eclusa utilizando uma escada de ferro, gesto que espantou os passageiros do barco turístico Homero, que passava pelo local no momento da tentativa.
Aparição no Rio Tietê
Segundo especialistas, as sucuris possuem notável habilidade para nadar e são capazes de percorrer grandes distâncias pelos rios e corpos d’água. O veterinário Rodrigo Teixeira, do Zoológico Municipal de Sorocaba, identificou o animal como pertencente ao gênero Eunectes e ressaltou a importância de conduzi-lo de volta ao seu ambiente natural. A medida visa não apenas preservar a integridade da serpente, mas também prevenir riscos de encontros com embarcações ou seres humanos.
O episódio foi transformado em uma valiosa experiência pedagógica. Professores aproveitaram o momento para promover uma aula de campo, em que os alunos puderam observar diretamente o comportamento de um animal silvestre em seu habitat. A vivência proporcionou discussões sobre temas como a conservação da biodiversidade, as cadeias alimentares e o papel das serpentes na manutenção do equilíbrio ecológico dos ecossistemas.
Sucuri
A sucuri está entre as maiores serpentes do mundo em termos de peso corporal. Apesar de sua aparência imponente, essa cobra não possui veneno. Seu método de caça é a constrição: ela se enrola em torno da presa e a comprime até causar sua morte. Sua alimentação é diversificada, incluindo peixes, aves, mamíferos e até outros répteis.
O termo “sucuri” não se refere a uma única espécie, mas sim a um grupo composto por cinco diferentes espécies do gênero Eunectes, todas típicas das regiões tropicais da América do Sul. Três delas ocorrem no Brasil. Com hábitos semiaquáticos, essas serpentes preferem viver em áreas próximas a corpos d’água, como rios, brejos e pântanos.