A Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (SBAI) alerta que o camarão, além de ser um dos frutos do mar mais apreciados pelos brasileiros, também está entre os principais causadores de reações alérgicas alimentares no país.
Por isso, conhecer os cuidados tanto na preparação quanto no consumo desse crustáceo é essencial, seja para garantir uma refeição saborosa e segura, seja para entender os riscos à saúde.
Com isso, o preparo do camarão exige mais que apenas técnica culinária: requer atenção à procedência do alimento, formas de higienização, alergênicos presentes e também à possibilidade de reações cruzadas com outros frutos do mar.
Camarão bem-feito começa na frigideira
Para uma porção saborosa e dourada, a escolha do camarão ideal é essencial. O tipo cinza, sem casca, é uma opção prática e bastante utilizada. O preparo começa com um bom refogado de alho e cebola no azeite de oliva. Em seguida, os camarões são adicionados à frigideira com sal, pimenta-do-reino e um toque de molho shoyu, que intensifica o sabor.
Dessa forma, tampar a panela por cerca de 10 minutos permite que os temperos penetrem na carne. Após esse tempo, o ideal é mexer bem, retirando a tampa para garantir que o camarão atinja o ponto dourado. Para finalizar, vale mencionar que o queijo parmesão fresco ralado pode ser polvilhado por cima, trazendo um contraste interessante ao prato.
Outro detalhe importante é que o excesso de cozimento pode deixar o camarão borrachudo. Portanto, atenção ao ponto é fundamental.
Alergia a camarão: riscos e cuidados
Sendo assim, quem apresenta sintomas como urticária, inchaço nos lábios, dificuldades para respirar ou náuseas após consumir camarão deve estar atento. A alergia ao crustáceo é causada principalmente por uma proteína chamada tropomiosina, presente em sua musculatura, que pode desencadear reações leves a graves, incluindo anafilaxia.
É importante mencionar que a reação cruzada é comum: pessoas alérgicas a camarão têm até 75% de chances de também reagirem a outros crustáceos, como lagosta, caranguejo, siri e até moluscos como lula e mariscos.
Por isso, o tratamento principal envolve evitar o consumo do alimento e consultar um especialista. Anti-histamínicos podem aliviar sintomas leves, mas para quadros graves, recomenda-se o uso de adrenalina injetável.