Presente na rotina de milhões de brasileiros, o café é mais do que uma bebida: é um símbolo de acolhimento, produtividade e pausa merecida.
Com o preço do alimento em constante elevação nos mercados, muitos consumidores passaram a repensar seus hábitos de consumo para evitar desperdícios.
Nesse contexto, surge uma pergunta essencial: o que fazer com o café que sobra na garrafa ou com a borra deixada no coador?
A resposta pode surpreender: há formas práticas e inteligentes de aproveitar ao máximo cada gota — e cada grama — do café, seja na cozinha, no cuidado com a casa ou até mesmo no jardim.
Seu café usado pode ser um ouro se não jogar no lixo
Uma das formas mais criativas de reutilizar o café frio, muito comum em cafeterias, é transformá-lo em uma bebida gelada. Ao invés de descartar o que ficou na garrafa, basta despejar o líquido em formas de gelo e congelar.
Esses cubos, depois de firmes, podem ser batidos com leite gelado no liquidificador, resultando em uma bebida refrescante e saborosa.
O preparo pode ainda ganhar toques especiais com a adição de chocolate em pó ou creme de leite, lembrando os cafés elaborados vendidos por grandes redes — mas por uma fração do preço.
Além do líquido, a borra do café também guarda um grande potencial.
No cuidado com a pele, por exemplo, ela funciona como um esfoliante natural. Misturada com um pouco de água ou óleo de coco, pode ser aplicada suavemente na pele úmida, promovendo renovação celular.
Em casa, a borra seca atua como neutralizador de odores, sendo eficaz quando deixada em potes abertos na geladeira ou em locais fechados.
Também pode ajudar na faxina: sua textura granulada auxilia na limpeza de panelas com sujeira mais resistente, quando usada junto a uma esponja.
Já para quem cultiva plantas, a borra pode ser misturada à terra como fertilizante leve, melhorando a drenagem e oferecendo nutrientes — desde que usada com parcimônia.
Mudanças climáticas elevam preço do café no Brasil e no mundo
Mas por que tanto esforço para aproveitar o café? A explicação está no bolso.
A alta nos preços é reflexo de fatores climáticos severos, como secas e enchentes que prejudicaram lavouras no Brasil e no exterior, além da valorização do dólar, que incentivou a exportação e reduziu a oferta interna.
Apesar disso, o governo federal afirma que medidas emergenciais e a chegada de uma nova safra devem começar a aliviar os preços a partir de junho de 2025.
A boa notícia é que, até lá, cada consumidor pode adotar práticas sustentáveis e econômicas que dão novo valor ao café que já foi servido. Afinal, desperdício agora é luxo.