Nos últimos meses, o Brasil conviveu com os impactos do fenômeno climático La Niña, que influenciou diretamente o comportamento do tempo em diversas regiões do país.
Agora, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), esse padrão está chegando ao fim.
Com a mudança no cenário climático global, muitos brasileiros se perguntam o que esperar do clima nos próximos meses.
Saiba o que esperar do clima com o fim da La Niña
La Niña é um fenômeno natural caracterizado pelo resfriamento anormal das águas na faixa central e oriental do Oceano Pacífico Equatorial. Esse resfriamento, quando consistente, modifica o regime de ventos e a circulação atmosférica, afetando o clima em diversas partes do mundo.
Embora ocorra com certa irregularidade, geralmente entre três a cinco anos, seus efeitos podem ser sentidos em períodos relativamente curtos.
A NOAA identificou que as temperaturas do oceano, que vinham apresentando valores abaixo da média desde o final do ano passado, voltaram a uma condição considerada neutra.
No Brasil, os reflexos do La Niña foram distintos de acordo com a região. No Norte e no Nordeste, houve aumento expressivo das chuvas, com episódios de precipitação intensa em áreas que, em condições normais, já são úmidas.
Em contraste, o Centro-Sul do país vivenciou maior escassez de chuva, com períodos prolongados de tempo seco.
O Sul também sentiu os efeitos, com menor frequência de chuvas e temperaturas mais variáveis devido à presença facilitada de massas de ar frio. Esse cenário contribuiu para um inverno com maior oscilação térmica.
Como deve ficar o clima no Brasil após o La Niña?
Com o fim do La Niña e a volta à neutralidade nas temperaturas do Pacífico, os meteorologistas esperam mudanças no comportamento do clima. A tendência é de maior instabilidade e irregularidade na distribuição das chuvas.
No Sul do país, por exemplo, os períodos de estiagem e precipitação devem se alternar com mais frequência, enquanto o Norte e o Nordeste podem começar a registrar uma leve redução nos volumes de chuva.
Mesmo com a neutralidade prevista para os próximos meses, os especialistas alertam que os efeitos das mudanças climáticas globais continuam influenciando o clima.
Com recordes de temperatura sendo superados mês após mês, a expectativa é de que o clima siga com padrões menos previsíveis, exigindo maior atenção da sociedade e das autoridades para lidar com os novos desafios que o tempo impõe.