Uma rocha de aparência incomum descoberta recentemente em Marte chamou a atenção dos cientistas da NASA e levantou novas questões sobre a história geológica do planeta vermelho.
O achado, feito pelo rover Perseverance, gerou especulações entre especialistas, que agora planejam uma análise mais aprofundada para tentar compreender a origem e a natureza do objeto.
A descoberta, feita em uma região conhecida por sua diversidade geológica, pode ajudar a responder uma das maiores perguntas da ciência planetária: Marte já foi habitável no passado?
Rocha misteriosa em Marte intriga cientistas da NASA
A formação rochosa em Marte foi identificada em abril de 2025 durante a exploração da Cratera de Jezero, uma área onde há fortes indícios de que existiu um grande lago há bilhões de anos.
A rocha, batizada pelos cientistas de “Skull Hill”, se destacou por seu formato irregular, coloração escura e superfície cheia de cavidades. Ela contrasta significativamente com as demais rochas ao redor, que apresentam tons mais claros e texturas mais uniformes.
A localização onde Skull Hill foi encontrada também chama a atenção. A Colina de Hamamélis, onde o Perseverance está operando desde o fim de 2024, é uma área repleta de chamadas “rochas flutuantes” — formações que aparentemente não se originaram ali, mas foram transportadas de outras regiões, possivelmente por água ou impactos meteoríticos.
Esse contexto levanta a possibilidade de que a rocha tenha sido deslocada de seu local original por rios ou oceanos – o que indicaria a possibilidade de vida em Marte no passado – carregando consigo pistas valiosas sobre processos antigos que moldaram a superfície marciana.
Cientistas seguem estudando a rocha para entender passado de Marte
Uma análise química preliminar, feita com a SuperCam do rover, descartou a hipótese inicial de que a rocha fosse um meteorito. A composição do material não corresponde aos padrões típicos de corpos rochosos vindos do espaço.
Por outro lado, a coloração escura e a estrutura da rocha sugerem uma possível origem vulcânica, similar a certas formações terrestres compostas por minerais como olivina e piroxênio. Isso indica que ela pode ter vindo de erupções antigas ou sido ejetada do subsolo por impactos violentos.
Atualmente, a NASA está ampliando os estudos sobre a rocha e outras similares da região em Marte. O objetivo é selecionar amostras para trazer à Terra em futuras missões, o que permitiria uma análise muito mais detalhada.
Apesar dos desafios técnicos e financeiros envolvidos, a agência considera essa etapa essencial para entender se Marte já teve condições para abrigar vida.