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Riscos sobre consumo excessivo dessa bebida deixa especialistas em alerta

Por Leticia Florenço
21/02/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Foto: (Imagem/Reprodução)

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Nos últimos anos, o consumo de bebidas energéticas tem crescido significativamente no Brasil, um reflexo de uma sociedade cada vez mais acelerada e em busca de energia e disposição.

Segundo um levantamento realizado pela Scanntech, entre janeiro e agosto de 2024, o volume de vendas de energéticos no país aumentou 15% em comparação ao mesmo período de 2023. Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir) mostram que, entre 2010 e 2020, o consumo da bebida passou de 300 ml para 710 ml por pessoa, indicando uma clara tendência de aumento.

Apesar de serem consumidos principalmente para dar energia, aumentar o estado de alerta e combater a fadiga, os energéticos podem oferecer sérios riscos à saúde quando ingeridos em excesso. Especialistas no assunto alertam para os efeitos negativos que o abuso dessa bebida pode causar, particularmente no sistema cardiovascular, com consequências que podem ir de taquicardia a arritmias graves.

Composição dos energéticos e seus efeitos no corpo

Os energéticos possuem uma composição que varia de acordo com a marca e fórmula específica, mas, de maneira geral, contêm ingredientes como cafeína, taurina, carboidratos, vitaminas e até glutamina.

Algumas versões também incluem guaraná, conhecido por suas propriedades estimulantes. Segundo Matheus Rodrigues Silva, enfermeiro e docente na área de saúde do Senac, essas substâncias agem rapidamente no organismo, promovendo um aumento na energia, no estado de alerta e reduzindo o cansaço e a sonolência. “A absorção dos componentes ocorre poucos minutos após o consumo, o que proporciona o efeito desejado de aumento de disposição e foco.”

Quando o consumo é seguro?

De acordo com Matheus, quando consumido de forma moderada, o energético não oferece riscos para a saúde. Ele explica que uma lata de 250 ml de energético contém, em média, de 80 mg a 90 mg de cafeína, sendo que a ingestão recomendada para adultos é de até 400 mg de cafeína por dia.

No entanto, é importante destacar que a cafeína também está presente em outros alimentos e bebidas, como chocolates, refrigerantes e chás, o que pode aumentar a ingestão total dessa substância de forma inadvertida.

Perigos do consumo excessivo

O consumo excessivo de energéticos, especialmente quando frequente, pode ter efeitos adversos significativos no organismo, sendo o sistema cardiovascular o mais afetado. O especialista alerta para sintomas como taquicardia (batimentos cardíacos acelerados), palpitações e arritmia. Em casos mais graves, esses problemas podem se agravar e levar a complicações maiores, como desmaios ou até eventos cardíacos.

Além disso, a combinação de bebidas energéticas com álcool é particularmente arriscada. O efeito estimulante da cafeína pode mascarar os sinais de embriaguez, levando a pessoa a subestimar o quanto está alcoolizada. Isso aumenta o risco de acidentes, pois o indivíduo pode não perceber que não está em condições de dirigir ou realizar atividades que exigem coordenação motora e atenção.

Grupos de risco

Matheus destaca que certos grupos devem evitar o consumo de bebidas energéticas devido aos seus potenciais efeitos adversos. Entre eles, estão:

  • Menores de 18 anos: O sistema nervoso ainda está em desenvolvimento e a estimulação excessiva pode prejudicar esse processo.
  • Pessoas com problemas cardíacos ou respiratórios: O impacto das substâncias presentes nos energéticos pode agravar condições preexistentes.
  • Indivíduos com transtornos de ansiedade ou síndrome do pânico: A cafeína e outros estimulantes podem piorar esses quadros, aumentando a sensação de ansiedade.
  • Gestantes e diabéticos: Esses grupos podem ser mais vulneráveis aos efeitos da cafeína e aos altos níveis de açúcar presentes na bebida.
  • Pessoas com alergia a componentes da fórmula: Algumas pessoas podem ser sensíveis a ingredientes como taurina, guaraná ou até a própria cafeína.

Além dos riscos associados à saúde cardiovascular e ao sistema nervoso, o consumo de energéticos também pode interferir na eficácia de medicamentos. A cafeína pode reduzir a absorção de certos antibióticos e afetar a metabolização de antidepressivos e antipsicóticos. Além disso, ela pode potencializar o efeito de remédios como a dipirona, o que pode ser perigoso, causando reações inesperadas no organismo.

A Fecomércio MG, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais, tem um papel importante na educação e conscientização sobre o consumo de substâncias como os energéticos.

A entidade, que representa mais de 750 mil empresas no estado, juntamente com o Senac, oferece cursos e programas voltados para a formação de profissionais da saúde e para a disseminação de informações sobre o uso responsável de produtos consumidos diariamente.

É fundamental que consumidores se conscientizem dos potenciais perigos e adotem hábitos mais saudáveis e equilibrados em relação ao uso dessas bebidas.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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