Em um anúncio inesperado, a âncora Renata, durante o Jornal Nacional, trouxe uma notícia que causou grande repercussão em todo o Brasil: o Banco Central decretou o fim das cédulas de R$50 e R$100, que estavam em circulação no país há mais de três décadas.
A medida, embora tenha gerado um certo alvoroço, foi explicada de maneira tranquila e sem grandes apelos alarmistas, com a própria apresentadora garantindo que “ninguém precisa correr para trocar” as notas.
Transição gradual
O que Renata chamou a atenção foi a forma como a transição será conduzida. A retirada dessas cédulas da primeira família do real, que foram lançadas em 1994, ocorrerá de maneira gradual. Não há necessidade de ações imediatas por parte da população, já que as cédulas continuam válidas e poderão ser utilizadas nas transações cotidianas até que sejam substituídas pelos bancos à medida que retornem às instituições financeiras.
Esse processo de substituição ocorre porque as cédulas da primeira família, depois de tanto tempo de circulação, começam a sofrer um desgaste natural. Isso dificulta a identificação dos elementos de segurança que garantem a integridade do sistema monetário, além de apresentar desafios logísticos para máquinas, como caixas eletrônicos e contadoras de cédulas.
Razão da substituição
O Banco Central destacou que a retirada das cédulas antigas visa melhorar a segurança e a eficiência das transações financeiras no país. As novas cédulas da segunda família do real, que começaram a ser emitidas em 2010, são menores e possuem características de segurança mais avançadas, além de um design mais moderno, com homenagens à fauna e biodiversidade brasileiras.
Essa mudança não é apenas uma renovação estética, mas uma resposta a questões tecnológicas e de segurança que se tornaram necessárias com o passar dos anos, considerando o uso crescente de meios eletrônicos de pagamento e a necessidade de modernização do sistema financeiro nacional.
Cédulas antigas como item de colecionador
Embora as cédulas antigas estejam sendo gradualmente retiradas de circulação, elas não perderam seu valor. Para os colecionadores, as cédulas da primeira família do real têm grande valor histórico. Especialmente as de R$1, que, se estiverem em excelente estado de conservação, podem ser comercializadas por valores muito superiores ao seu valor de face no mercado de numismática.
O Banco Central deixa claro que, para a maioria da população, essa retirada será feita sem causar impacto direto nas transações diárias, mas os colecionadores devem ficar atentos, pois as cédulas antigas podem ser valorizadas no mercado.
Moeda Digital Drex
Em um movimento mais futurista, o Banco Central também anunciou o desenvolvimento da moeda digital Drex, que é a versão digital do real. Com previsão para lançamento em 2025, a moeda digital Drex não será volátil como as criptomoedas e terá o mesmo valor do real em papel, mas facilitará transações e promoverá a inclusão financeira no Brasil.
Essa inovação, que já está sendo testada desde março de 2023, é uma tentativa do Brasil de se alinhar com a crescente demanda por soluções financeiras digitais, embora as cédulas de papel ainda continuem a circular durante esse período de transição.
O Banco Central está trabalhando para garantir a confiabilidade e a eficiência do sistema financeiro, preparando o Brasil para novos tempos.