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Real brasileiro atrai investidores globais com alta rentabilidade

Por Leticia Florenço
08/06/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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1 Real - Reprodução/iStock

1 Real - Reprodução/iStock

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Nos últimos meses, o real brasileiro voltou a ocupar uma posição de destaque no cenário global de investimentos. Casas de investimento de grande porte, como Goldman Sachs e ING, passaram a recomendar posições compradas na moeda brasileira, colocando-a entre as mais promissoras do universo emergente.

O motivo principal? A atratividade da estratégia de carry trade, que ganha força num ambiente onde o Brasil combina juros altos e inflação sob controle.

Esse tipo de operação, que consiste em tomar recursos em moedas de países com juros baixos para investir em ativos de países com juros elevados, favorece enormemente o real, que oferece atualmente um dos retornos reais mais altos do mundo.

Juros elevados e inflação controlada

O atual cenário doméstico é especialmente favorável ao ingresso de capital estrangeiro voltado para renda fixa. A política monetária implementada pelo Banco Central, sob a liderança de Gabriel Galípolo desde janeiro, elevou a taxa Selic de 12,25% para 14,75% ao ano, em uma tentativa de manter a inflação sob controle e reforçar a credibilidade monetária.

O resultado é um ambiente de estabilidade relativa e previsibilidade, que agrada aos investidores estrangeiros. Essa combinação de inflação moderada e juros elevados cria um diferencial importante em relação a outras economias emergentes, onde, muitas vezes, os ganhos nominais são corroídos por altas taxas inflacionárias.

O interesse internacional e os efeitos no mercado cambial

A atratividade do real se traduz em aumento da demanda pela moeda brasileira no mercado internacional. Segundo a Bloomberg, o real figurou entre as principais recomendações de posição comprada nas análises de grandes bancos e fundos nos últimos meses.

Um índice de retorno acumulado com operações de carry trade em países emergentes atingiu, ao final de maio, o maior nível em sete anos, e o real está entre os protagonistas desse movimento.

O fluxo de entrada de capital estrangeiro fortalece a moeda brasileira, aumenta a liquidez e ajuda a conter pressões inflacionárias via valorização cambial, além de dar fôlego ao mercado de títulos públicos.

Comparação com outras moedas emergentes

O Brasil não está sozinho no radar dos investidores, mas apresenta vantagens comparativas. Moedas como o peso mexicano e o won sul-coreano também se destacam nas estratégias de carry trade.

No entanto, o real oferece uma das combinações mais robustas entre rentabilidade, volume de mercado e estabilidade política relativa. Enquanto outros países enfrentam riscos fiscais ou instabilidades institucionais severas, o Brasil tem conseguido, apesar de suas turbulências internas, manter uma linha coerente na condução da política monetária.

Esse diferencial faz com que o real se torne, não apenas uma opção de curto prazo, mas também um ativo de interesse estrutural no portfólio de investidores globais.

As implicações para a economia brasileira

A entrada de capital externo motivada por carry trade pode trazer benefícios de curto prazo para o Brasil. Além de fortalecer o real, esse movimento ajuda a financiar o déficit público sem necessidade de elevar impostos ou cortar gastos de maneira abrupta.

No entanto, trata-se de um capital sensível a mudanças de humor nos mercados. Qualquer sinal de reversão da política monetária, seja no Brasil ou nos países centrais, pode levar a uma saída rápida e em massa desses recursos.

Portanto, embora o momento atual seja positivo, ele exige cautela por parte das autoridades e planejamento para garantir que o país não fique excessivamente dependente desses fluxos.

Perspectivas e desafios à frente

Manter o real atrativo exigirá mais do que apenas juros altos. A continuidade da disciplina fiscal, a implementação de reformas estruturais e a manutenção da confiança dos agentes econômicos serão fundamentais para sustentar o interesse externo no médio e longo prazo.

A gestão do Banco Central continuará desempenhando papel decisivo nesse processo, sendo responsável por equilibrar os objetivos de controle inflacionário com a necessidade de estimular o crescimento econômico.

O desafio será manter esse equilíbrio em meio às incertezas do cenário global, que pode ser afetado por mudanças nas políticas dos Estados Unidos, tensões geopolíticas ou oscilações nos preços das commodities.

O atual ciclo de juros e o controle inflacionário criam uma janela de oportunidade rara para o país atrair capital estrangeiro em busca de retornos expressivos.

Contudo, os benefícios desse ciclo dependerão da capacidade do Brasil de manter a confiança dos investidores através de políticas responsáveis, previsibilidade institucional e gestão macroeconômica eficaz.

O real voltou ao radar global, agora, cabe ao país transformar essa atratividade em estabilidade duradoura e crescimento sustentável.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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