O Banco Central divulgou nesta quarta-feira (09/04) novos números sobre valores esquecidos por brasileiros em instituições financeiras.
Segundo os dados mais recentes, mais de 996 mil pessoas têm mais de R$ 1.000 a receber, compondo um montante total superior a R$ 9 bilhões que ainda não foi resgatado.
A quantia, acumulada ao longo dos anos, está espalhada entre bancos, cooperativas de crédito, administradoras de consórcios e outras entidades do sistema financeiro nacional.
R$ 9 bilhões estão esquecidos nos bancos pelos brasileiros
Esse “dinheiro esquecido” refere-se a recursos que ficaram parados por diferentes razões: contas correntes encerradas com saldo remanescente, tarifas cobradas indevidamente e não utilizadas, cotas de consórcio não resgatadas, entre outros.
Desde que o sistema de consulta e resgate foi lançado pelo Banco Central, em 2022, a iniciativa já permitiu a devolução de aproximadamente R$ 9,7 bilhões.
Só nos últimos seis meses, mais de R$ 1,8 bilhão foi recuperado por cidadãos e empresas, com destaque para outubro de 2024, quando o valor resgatado superou R$ 400 milhões.
A maior parte dos valores ainda disponíveis pertence a pessoas físicas, que somam cerca de R$ 6,9 bilhões. Empresas também têm recursos a receber, totalizando aproximadamente R$ 2,1 bilhões.
No total, 50 milhões de brasileiros e empresas ainda têm direito a algum valor — embora, para a maioria, sejam quantias pequenas. Cerca de 64% dos beneficiários possuem menos de R$ 10 disponíveis.
Ainda assim, o volume de valores maiores tem chamado atenção, especialmente pelo número expressivo de pessoas com direito a mais de R$ 1.000.
Como solicitar o saque do dinheiro esquecido
O acesso ao sistema para ter acesso ao dinheiro esquecido é simples, mas exige atenção. Para verificar se há valores disponíveis, é necessário entrar no site oficial valoresareceber.bcb.gov.br e fazer o login com uma conta gov.br de nível prata ou ouro.
Se houver algum valor a receber, o usuário poderá solicitar a devolução diretamente pelo sistema, usando uma chave Pix cadastrada.
Caso não possua Pix, é possível combinar outra forma de recebimento diretamente com a instituição que detém o recurso. Em ambos os casos, o serviço é totalmente gratuito.
O Banco Central alerta que este é o único canal oficial para consulta e solicitação dos valores, e reforça que não é preciso pagar nada para recuperar o dinheiro esquecido.