Um estudo realizado pelo Serasa Experian revelou que transações financeiras realizadas com a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) apresentam risco de fraude 47 vezes menor em comparação com documentos como o RG e CNH.
É importante mencionar que, em outubro de 2024, apenas 0,2% das 2,8 milhões de operações analisadas com a CIN tiveram indícios de irregularidades. O dado reforça a eficácia do novo documento, que substituirá o RG até 2032 e já foi emitido para mais de 17 milhões de brasileiros.
Identidade tem segurança ampliada
Vale mencionar que a principal inovação da CIN é o uso do CPF como número único nacional, eliminando a possibilidade de uma pessoa ter múltiplos registros em diferentes estados.
Isso porque, antes, o RG era emitido com numeração estadual, facilitando fraudes como a criação de identidades paralelas. Entretanto, delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil de São Paulo alertam: a falta de um banco nacional de biometria ainda limita o potencial antifraude do documento.
Outro detalhe importante é que 38,68% das tentativas de fraude detectadas envolveram adulterações manuais ou com IA para substituir fotos, enquanto 8,44% usaram documentos roubados.
Apesar disso, o risco geral de golpes com a CIN é de 0,08%, contra 3,8% em documentos antigos. “A CIN avançou, mas sem biometria unificada, ainda há brechas”, destacou um delegado da PF ouvido pelo g1.
O futuro da identificação no Brasil
Atualmente, cada estado gerencia seu próprio banco biométrico, sem integração nacional. É importante mencionar que, sem um sistema unificado, criminosos podem emitir identidades falsas em diferentes unidades federativas.
A solução, segundo especialistas, seria centralizar os dados em uma plataforma única, vinculada ao CPF. Enquanto isso, o governo federal debate se utilizará bancos de dados estaduais ou parcerias com empresas privadas para viabilizar o projeto.
Vale destacar que o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos já adiantou que o tema está em discussão na Câmara-Executiva Federal de Identificação do Cidadão (CEFIC). Além disso, a pasta reforça que a CIN é um “marco na segurança pública”, mas reconhece a necessidade de evoluir na coleta biométrica.