O Vaticano anunciou que o estado de saúde do Papa Francisco, de 88 anos, internado desde sexta-feira (14) devido a uma bronquite, tornou-se mais complicado. Embora tenha passado a noite sem novos agravamentos, exames detectaram a presença de uma infecção polimicrobiana, indicando que múltiplos agentes infecciosos estão envolvidos no quadro inflamatório.
A infecção foi detectada através de um painel respiratório genômico, um exame que identifica diferentes agentes patogênicos possivelmente relacionados à bronquite. De acordo com o infectologista Alexandre Naime Barbosa, da Unesp, é comum que esse tipo de infecção resulte da ação simultânea de vírus e bactérias.
Saúde do Papa Francisco
Os agentes responsáveis podem incluir o vírus sincicial respiratório (VSR), o vírus da influenza e o coronavírus, possivelmente em conjunto com uma infecção bacteriana secundária. A condição do papa se torna mais preocupante devido à sua idade avançada, já que o sistema imunológico dos idosos tende a ser menos eficaz no combate a infecções. O tratamento pode envolver o uso de antivirais e antibióticos intravenosos, além de suporte de oxigênio, se houver necessidade.
Além da idade avançada, um problema pulmonar preexistente torna o quadro do papa ainda mais delicado. Na juventude, ele foi submetido a uma cirurgia para remover parte do pulmão direito devido a uma infecção respiratória. Essa limitação pode comprometer sua recuperação, afetando a oxigenação do sangue e elevando o risco de complicações.
O Papa Francisco permanece internado no hospital Gemelli, em Roma, e, seguindo orientações médicas, não estará presente nos eventos do Ano Santo neste fim de semana. A missa papal agendada para domingo (23) acontecerá conforme o previsto, mas será celebrada por um representante da Igreja. Desde 2021, essa é sua quinta hospitalização. Nos últimos anos, o pontífice tem lidado com recorrentes problemas respiratórios e, devido à sua condição pulmonar, é mais suscetível a infecções.