A Amazon suspendeu pedidos de produtos fabricados na China e em outros países da Ásia, como forma de reduzir riscos diante das novas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos. A medida afeta itens como cadeiras de praia, patinetes e aparelhos de ar-condicionado, frequentemente comprados de fornecedores asiáticos para baratear custos de importação.
A decisão ocorre após o ex-presidente Donald Trump declarar sua intenção de impor tarifas comerciais a mais de 180 países e territórios, incluindo China, Vietnã e Tailândia. Em resposta, a China anunciou aumento das tarifas sobre produtos norte-americanos, que agora chegam a 84%, intensificando a disputa comercial entre os dois países.
Suspensão dos produtos na Amazon
A nova tarifa imposta pela China é uma resposta direta à medida adotada pelos Estados Unidos, que implementaram um acréscimo de 50% nas tarifas sobre produtos chineses a partir desta quarta-feira (9). Com a retaliação, os produtos norte-americanos passam a ser taxados com as novas tarifas chinesas já nesta quinta-feira (10), intensificando o embate comercial entre as duas principais potências econômicas do planeta.
Apesar de não ter se pronunciado oficialmente sobre o cancelamento de pedidos, a Amazon já havia sinalizado, em seu relatório anual divulgado em fevereiro, que tensões comerciais globais representam um risco significativo para a operação da empresa. No documento, a companhia destacou que uma parte considerável de seus produtos e componentes vem de fornecedores estabelecidos na China.
De acordo com informações apuradas pela Bloomberg, aproximadamente 40% dos produtos disponíveis no site da Amazon são comprados diretamente de fornecedores, o que permite à varejista usar remessas em grande escala para reduzir os custos logísticos. No entanto, com as restrições e o avanço das tarifas, essa estratégia pode se tornar inviável, levando a empresa a enfrentar custos mais altos ao importar por meios alternativos — o que afeta diretamente sua competitividade.