A síndrome de Cushing, ou hiperadrenocorticismo, é uma desordem hormonal identificada inicialmente em seres humanos há aproximadamente um século. No entanto, ela também pode afetar animais de estimação, sendo os cães os mais frequentemente diagnosticados.
Apesar de mais raros, casos em gatos também ocorrem. A enfermidade está associada à produção exagerada de cortisol pelas glândulas adrenais — um hormônio essencial para o funcionamento do organismo, mas que, em excesso, pode comprometer seriamente a saúde.
Cortisol demais nos pets
O cortisol é um hormônio essencial para o organismo, desempenhando papéis importantes na resposta ao estresse, no controle da pressão arterial, no equilíbrio dos eletrólitos e no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras. No entanto, a produção excessiva desse hormônio pode gerar um desequilíbrio no corpo, que se manifesta por meio de diversos sintomas.
Os sinais mais frequentes da síndrome incluem aumento da sede e da produção de urina, ganho de peso, aumento do apetite, queda de pelos, enfraquecimento da pele e alterações comportamentais, como irritação ou letargia. Além disso, a imunidade dos animais afetados tende a ser comprometida, tornando-os mais vulneráveis a infecções recorrentes.
Quando a síndrome de Cushing não é diagnosticada e tratada rapidamente, ela pode levar a complicações graves, como diabetes mellitus, hipertensão, problemas hepáticos e um risco maior de trombose, o que prejudica ainda mais a qualidade de vida do pet.
Tratamentos
O tratamento da síndrome de Cushing varia conforme o tipo e a origem da doença. Pode incluir o uso de medicamentos específicos para controlar a produção excessiva de cortisol ou, nos casos mais graves, a remoção de tumores nas glândulas adrenais ou na hipófise por meio de cirurgia.
No mercado brasileiro, um dos tratamentos disponíveis é o Trilostec, fabricado pela Syntec, que é o único medicamento à base de trilostano em comprimidos bissulcados, indicado para cães com hiperadrenocorticismo. É importante destacar que qualquer tratamento deve ser realizado sob a supervisão de um médico-veterinário, que monitorará a reação do animal ao medicamento e os potenciais efeitos colaterais.