A madrugada de domingo para segunda-feira marcou um momento histórico para a Igreja Católica: a morte do Papa Francisco, aos 88 anos.
Com sua partida, o trono de São Pedro está novamente vago e, com isso, crescem as discussões sobre quem assumirá a liderança da maior instituição religiosa do mundo.
Entre os nomes que surgem nas rodas do Vaticano e entre os analistas religiosos, está o de um cardeal africano que, se escolhido, poderá se tornar o primeiro papa negro da história.
Outro possível sucessor vem da Ásia, reforçando a ideia de que a Igreja pode continuar a se afastar do tradicionalismo europeu, como já aconteceu com a eleição de Francisco, o primeiro pontífice latino-americano.
Primeiro Papa negro pode ser eleito após morte de Francisco
O nome de destaque nesse cenário é o do ganês Peter Turkson. Nascido em uma pequena cidade de Gana em 1948, Turkson construiu uma carreira sólida e respeitada dentro da Igreja.
Com forte atuação em temas sociais e ambientais, ele ocupou cargos relevantes no Vaticano, entre eles a presidência do Conselho Pontifício Justiça e Paz e, mais tarde, do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, criado pelo próprio papa Francisco.
Sua postura parcialmente progressista, o comprometimento com questões globais e sua origem africana o colocam como um símbolo de relativa diversidade e renovação no comando da Igreja, apesar do cardeal ter se oposto abertamente a Francisco em 2013 em relação ao acolhimento da comunidade LGBTQIAP+.
Outro nome que ganha força é o do filipino Luis Antonio Tagle. Considerado por muitos como o “Francisco da Ásia”, Tagle carrega uma trajetória pastoral voltada à justiça social e à missão evangelizadora em países onde o catolicismo é minoritário.
Sua liderança em Manila e, mais recentemente, à frente do Dicastério para a Evangelização, fortaleceu sua imagem de defensor de uma Igreja mais próxima dos pobres e marginalizados. Se eleito, será o primeiro papa asiático da história.
Outros nomes favoritos para suceder o papa Francisco
Além de Turkson e Tagle, outros cardeais também são apontados como possíveis sucessores.
Matteo Zuppi, da Itália, e Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano, são nomes fortes. O francês Jean-Marc Aveline e o húngaro Peter Erdo também figuram entre os mais citados.
Ainda que esses nomes se destaquem, o processo de escolha, realizado em conclave fechado, costuma surpreender.
Vale lembrar que o próprio Francisco, eleito em 2013, não era favorito — e, segundo relatos, nem sequer desejava ser papa. Por isso, qualquer previsão neste momento permanece incerta.