A Previdência Social brasileira é o sistema público responsável por garantir renda a trabalhadores em casos de aposentadoria, invalidez, doença ou morte, funcionando como uma rede de proteção para milhões de cidadãos.
Sustentada por contribuições mensais de empregados, empregadores e autônomos, ela é essencial para a segurança econômica da população, especialmente dos mais vulneráveis.
Apesar da reforma recente implementada em 2019, que estabeleceu novas regras para aposentadoria e buscou reduzir o déficit do sistema, especialistas já indicam que mudanças adicionais podem ser inevitáveis.
Previdência Social sofre reforma que afeta todos brasileiros
A razão para essa possível nova reforma está no desequilíbrio crescente entre o que se arrecada e o que se gasta com benefícios. Mesmo com as alterações recentes, o sistema ainda enfrenta um déficit elevado, que em 2024 ultrapassou os R$ 345 bilhões.
Parte do problema está na redução da base de contribuintes, uma consequência direta das transformações no mercado de trabalho.
A informalidade, os contratos intermitentes e o aumento de atividades autônomas, especialmente entre os mais jovens, dificultam a arrecadação regular.
Muitos brasileiros, sobretudo os que trabalham por conta própria ou em aplicativos, não contribuem de forma contínua, o que compromete o financiamento da Previdência.
Outro fator que pressiona o sistema é o envelhecimento da população. A expectativa de vida tem aumentado, o que significa mais pessoas recebendo benefícios por mais tempo.
Ao mesmo tempo, a taxa de natalidade diminui, reduzindo a proporção de trabalhadores ativos em relação ao número de aposentados.
Projeções apontam que, nas próximas décadas, pode haver apenas dois contribuintes para cada beneficiário, cenário que torna o modelo atual insustentável a longo prazo.
Sugestões de mudanças na previdência
Diante desse panorama, surgem propostas para uma nova rodada de reformas.
Uma das ideias em discussão é alterar a forma de financiamento da Previdência, reduzindo ou eliminando a contribuição patronal sobre a folha de pagamento, com o objetivo de estimular a formalização do emprego.
Em contrapartida, propõe-se a criação de novos tributos, como um imposto sobre transações financeiras, nos moldes da extinta CPMF.
Outra possibilidade envolve a revisão das faixas de contribuição dos trabalhadores, tornando o sistema mais progressivo.
Embora polêmicas, essas propostas refletem a urgência de repensar a Previdência Social para que continue cumprindo sua função em um país em constante transformação. A decisão de reformar novamente o sistema impactará todos os brasileiros, direta ou indiretamente.