A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou recentemente a comercialização do Mounjaro no Brasil.
Desde o anúncio da aprovação, o medicamento da farmacêutica Eli Lilly tem despertado grande expectativa — não apenas entre pessoas com diabetes tipo 2, para quem o remédio é oficialmente indicado, mas também entre aqueles que buscam alternativas eficazes para a perda de peso.
A grande dúvida agora gira em torno do preço: quanto custará esse tratamento nas farmácias brasileiras?
Preço do Mounjaro é muito menor do que o esperado
O Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, é um medicamento de aplicação semanal, originalmente desenvolvido para ajudar no controle da glicemia em pacientes com diabetes tipo 2.
Porém, seu impacto na perda de peso chamou atenção durante os testes clínicos. Os estudos indicam que o uso contínuo da substância pode levar à redução de até 20% do peso corporal.
O que diferencia a tirzepatida de outros medicamentos similares é sua ação dupla: ela imita dois hormônios relacionados à saciedade e ao controle do açúcar no sangue, ao contrário da semaglutida — princípio ativo do Ozempic — que atua apenas em um.
O Ozempic, da Novo Nordisk, se consolidou como um dos remédios mais populares entre quem procura emagrecer, mesmo que essa não seja sua principal indicação. A procura foi tão intensa que chegou a causar escassez temporária em algumas regiões.
Isso ajuda a explicar o entusiasmo em torno da chegada do Mounjaro, que pode representar uma nova opção de tratamento com eficácia ainda maior.
Inicialmente, o preço máximo estabelecido para o Mounjaro foi próximo de R$ 3.700, mas informações de bastidores indicam que a Eli Lilly pretende comercializá-lo a um valor significativamente mais baixo.
Fontes ligadas à farmacêutica apontam para um custo mensal em torno de R$ 1.700, quase metade do teto permitido. A previsão é que o medicamento comece a ser vendido oficialmente no país a partir de junho, inicialmente nas versões de 2,5 mg e 5 mg.
Mounjaro e Ozempic exigem cuidados e prescrição médica
Apesar da empolgação em torno do potencial emagrecedor desses remédios, é fundamental reforçar que seu uso deve ser sempre feito com prescrição e acompanhamento médico.
Mesmo quando utilizados para fins estéticos, como a perda de peso, eles exigem avaliação profissional para garantir segurança e eficácia.
Automedicação pode trazer riscos sérios à saúde, especialmente com medicamentos potentes como esses.