Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Banco Central revelam sinais de desaceleração que podem resultar em uma recessão técnica, definida como dois trimestres consecutivos de queda do PIB.
Vale mencionar que, nos últimos meses, indicadores de produção, comércio e emprego têm levantado preocupações entre economistas e instituições financeiras, evidenciando uma mudança de perspectiva no mercado.
Indicadores econômicos do PIB
Vale mencionar que, mesmo após o robusto desempenho econômico dos dois primeiros anos do governo Lula, com um PIB de 2,9% em 2023 e outro de 3,5% projetados para 2024, diversas instituições projetam queda do PIB em certos períodos.
Segundo o Bradesco, o PIB deve fechar 2025 com alta de 2,2%, mas o banco projeta uma recessão técnica entre o terceiro e o quarto trimestres, com duas quedas consecutivas de 0,3%. Outro detalhe importante é que a Tendências estima retração de 0,6% de julho a setembro e de 0,2% entre outubro e dezembro, enquanto o Banco BV projeta quedas de 0,5% e 1% nos trimestres finais.
Isso porque o endurecimento da política monetária, com a taxa Selic atualmente em 13,25% e previsão de atingir 15% em 2025, vem restringindo consumo e investimentos, afetando diretamente o crescimento do PIB.
Além disso, o IBGE aponta que a produção industrial recuou 0,3% em dezembro pelo terceiro mês consecutivo, enquanto as vendas varejistas e o volume de serviços caíram.
Vale mencionar que, apesar do impulso do agronegócio, o efeito positivo tende a ser compensado pelo desaquecimento de outros setores. É importante mencionar que essa combinação de fatores reforça a percepção de que o mercado projeta um cenário de queda do PIB por dois trimestres seguidos, configurando uma recessão técnica.
Política Monetária brasileira
Outro detalhe importante é que o aperto monetário, evidenciado pelos quatro aumentos consecutivos na taxa Selic, é apontado pelos economistas como o principal fator para o desaquecimento da economia.
Isso acontece porque, com o aumento dos custos do crédito e o elevado endividamento da população, o consumo tende a diminuir, afetando investimentos e a geração de empregos.
Vale mencionar que o Relatório Focus do Banco Central revisou as projeções do PIB para 2025 para 2,06%, com expectativas de crescimento ainda mais modesto nos anos seguintes, intensificando a perspectiva de uma recessão técnica.