A expectativa média de vida no Brasil é de 76 anos, segundo dados do IBGE, com as mulheres vivendo cerca de sete anos a mais que os homens. Nesse cenário de longevidade crescente, o grupo de pessoas com 50 anos ou mais se destaca como o segmento populacional que mais cresce no país e em outras nações desenvolvidas.
Apesar dessa relevância, essa parcela da população muitas vezes fica fora do foco das inovações tecnológicas que moldam o futuro. Em resposta, a economia prateada, ou economia da longevidade, vem se fortalecendo, oferecendo produtos e serviços que atendem às demandas desse público em setores como consumo, saúde, mobilidade e turismo.
Economia prateada para os 50+
Desafiando os estereótipos comuns, esse grupo é um consumidor ativo, inclusive no meio digital. Pesquisa da KPMG revela que os baby boomers realizam quase o mesmo número de compras online que as gerações mais jovens, mas com um valor médio por compra mais elevado.
Os setores-chave para a população com mais de 50 anos incluem turismo, saúde e bem-estar, que atendem às necessidades específicas dessa faixa etária:
- Turismo: Viagens em grupo do SESC atraem principalmente mulheres idosas, que buscam lazer e convívio social.
- Cuidados: Startup Nonno conecta cuidadores qualificados a famílias, com foco em confiança; público atendido é majoritariamente feminino, entre 75 e 90 anos, incluindo pessoas com demência.
- Assistência: Serviço “Neto de Aluguel” apoia idosos em atividades diárias, promovendo autonomia e vínculo afetivo, combatendo a solidão especialmente entre homens.
- Mobilidade: ‘Deslocar’ oferece transporte adaptado para cadeirantes e acamados, com atendimento humanizado e acolhedor para pessoas vulneráveis.
A economia da longevidade vai além de ser uma chance para negócios; é também um espaço para reconhecer e valorizar socialmente a população envelhecida. Com o aumento dessa faixa etária, surge a demanda por soluções que sejam inclusivas, acessíveis e que respeitem as transformações nas formas de viver e envelhecer.