De acordo com a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), o salmão é considerado seguro para o consumo desde que siga padrões de qualidade, refrigeração e higiene.
Entretanto, embora seja um dos peixes mais consumidos no Brasil, seu preparo e origem ainda geram dúvidas e preocupações. Isso porque o consumo de peixe cru, especialmente o salmão, pode estar associado a riscos invisíveis, porém potencialmente perigosos para a saúde.
Salmão cru pode conter parasitas, bactérias e substâncias químicas
O salmão, especialmente quando consumido cru, pode servir de hospedeiro para diversos patógenos. Entre os principais, destaca-se o Anisakis, um parasita conhecido como “verme do sushi”, que pode causar reações como diarreia, vômitos e náuseas. Outro parasita comum é o Diphyllobothrium, ou “tênia do peixe”, que pode afetar o sistema gastrointestinal de forma severa.
Além disso, é importante mencionar a presença da Listeria monocytogenes, uma bactéria capaz de causar listeriose, doença perigosa para gestantes, recém-nascidos, idosos e pessoas imunocomprometidas. Esses micro-organismos geralmente se proliferam quando o peixe não é congelado ou manipulado de forma adequada.
Vale mencionar que o risco não está somente nos parasitas. Peixes criados em cativeiro, como o salmão norueguês, podem ser alimentados com rações industriais que incluem corantes sintéticos, como a astaxantina artificial.
Apesar de aprovada por entidades de segurança alimentar, essa substância tem origem derivada do petróleo e, em grandes quantidades, pode causar alergias e problemas de visão.
Procedência, higiene e conservação para o peixe
Dessa forma, os especialistas recomendam atenção máxima à procedência e às condições de higiene durante o manuseio do peixe. O ideal é que o salmão tenha rastreabilidade e certificação de qualidade. Outro detalhe importante é o cuidado com a conservação: a carne deve ser mantida refrigerada, ter cheiro fresco e textura firme.
Na hora de preparar o peixe cru, recomenda-se lavar as mãos e utensílios com água e sabão, além de utilizar uma tábua exclusiva para alimentos crus. Com isso, evita-se a contaminação cruzada e o surgimento de doenças transmitidas por alimentos.