A partir de março de 2025, trabalhadores com carteira assinada entre 1971 e 1988 poderão solicitar o ressarcimento de valores esquecidos no antigo fundo PIS/Pasep. Segundo o Ministério da Fazenda, mais de 10 milhões de brasileiros ainda não retiraram os recursos, que somam R$ 26,3 bilhões.
Vale mencionar que a consulta pode ser feita gratuitamente por meio da nova plataforma Repis Cidadão, lançada pelo governo federal para facilitar o acesso a esses valores.
Esse dinheiro se refere a cotas depositadas em nome dos trabalhadores durante o período em que o fundo estava ativo. Desde 1988, o sistema foi reformulado, e os recursos não sacados foram transferidos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e, posteriormente, ao Tesouro Nacional.
Outro detalhe importante é que o prazo final para solicitar o saque é setembro de 2028. Após essa data, os valores serão incorporados de forma definitiva ao Tesouro, sem possibilidade de recuperação.
Como consultar o saldo do fundo PIS/Pasep
Para saber se tem direito a algum valor, o interessado deve acessar o site Repis Cidadão e fazer login com uma conta gov.br nos níveis prata ou ouro. O processo envolve informar o CPF e o Número de Identificação Social (NIS), que pode ser encontrado em documentos como a carteira de trabalho ou no extrato do FGTS.
Após o login, o sistema informará se há valores disponíveis e indicará os próximos passos para solicitar o ressarcimento. A consulta também pode ser feita pelo aplicativo do FGTS, disponível para celulares Android e iOS.
É importante mencionar que, em caso de falecimento do titular, herdeiros também podem fazer o resgate. A plataforma orienta sobre os documentos exigidos, como certidão de dependentes habilitados ou autorização judicial assinada por todos os sucessores.
Como solicitar e receber o dinheiro
O pedido pode ser feito diretamente pelo aplicativo do FGTS ou presencialmente em uma agência da Caixa Econômica Federal. Basta selecionar a opção “ressarcimento PIS/Pasep” no app e anexar os documentos solicitados.
Após a solicitação, a Caixa encaminha o pedido ao Ministério da Fazenda, que libera o pagamento de acordo com um calendário mensal. Com isso, o valor é depositado diretamente em conta bancária na Caixa ou em conta poupança social digital.
Outro detalhe importante é que o valor médio por trabalhador é de R$ 2,8 mil, mas pode variar conforme o tempo de contribuição e o salário da época. Dessa forma, é essencial fazer a verificação com antecedência e garantir o direito antes do prazo final.