Inaugurado em 25 de abril, o parque aquático Acquaventura, na praia de Carneiros, em Tamandaré (PE), já se tornou alvo de críticas e preocupação. Em apenas 12 dias de funcionamento, seis acidentes envolvendo clientes foram registrados, incluindo quedas, fraturas e denúncias sobre atendimento precário.
Acidentes em série no mesmo brinquedo
O caso mais grave aconteceu no sábado, dia 3, no brinquedo Canoa de Muxima, um dos toboáguas do parque. Dois casais se machucaram em um intervalo curto de tempo.
O advogado Fernando Araújo fraturou três costelas. Sua esposa, Luanna Cavalcanti, servidora pública, teve a clavícula quebrada. Segundo ele, a boia em que estavam foi arrancada pela força da água durante a descida. “Caí com o lado direito do tronco no tobogã e fiquei sem ar. Minha esposa já levantou sentindo muita dor no braço”, contou.
Mesmo feridos, os dois foram orientados a seguir até o final da atração. Eles pediram que a água fosse desligada, mas isso não aconteceu, de acordo com o relato feito à Folha de Pernambuco.
Logo depois, Maryana Samara se acidentou no mesmo brinquedo. Ela estava acompanhada do noivo, Lucas Alves. Na primeira descida, a boia virou e Maryana bateu o ombro com força, fraturando a clavícula. “Os dois socorristas do parque pareciam despreparados”, afirmou Lucas. Maryana foi levada para a UPA de Tamandaré e, após exames, passou por cirurgia no Hospital Dom Helder, nesta segunda-feira, dia 5.
Outros casos em diferentes áreas do parque
Os acidentes não pararam por aí. Na quinta-feira, dia 2, a professora Jaqueline do Nascimento também se machucou. Ela registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Tamandaré no início da semana. Imagens mostram que ela ficou com diversos ferimentos no rosto.
No primeiro fim de semana após a inauguração, Verônica Maria da Silva, de 45 anos, caiu na escada de um brinquedo infantil. Segundo o advogado dela, Kleber Freire, o acidente causou traumatismo craniano, perda de consciência e vômitos. Verônica foi socorrida no hospital municipal e depois transferida para o Hospital Dom Helder, no Cabo de Santo Agostinho.
Com a repercussão nas redes sociais, os relatos vêm chamando a atenção de autoridades locais. A expectativa é que as investigações sobre a segurança do parque avancem nos próximos dias. Enquanto isso, os visitantes seguem em alerta diante dos riscos revelados pelas primeiras semanas de funcionamento do Acquaventura.