A morte de Jorge Ávalo, de 60 anos, caseiro do município rural de Touro Morto, no estado de Mato Grosso do Sul, em abril de 2025, tem gerado grande repercussão.
Inicialmente, a investigação girava em torno de um desaparecimento misterioso, mas com o avanço da apuração e a captura de uma onça-pintada, novos detalhes começaram a surgir, revelando um trágico ataque de animal selvagem. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul está aguardando exames de DNA para confirmar a identidade das vítimas envolvidas.
Desaparecimento de Jorge Ávalo
Jorge Ávalo, conhecido como Jorginho, desapareceu em abril de 2025, em Touro Morto, uma região rural de Mato Grosso do Sul. Seu desaparecimento foi noticiado como um caso de suma gravidade, considerando o isolamento da área e a ausência de pistas sobre seu paradeiro.
A polícia iniciou a investigação e, em um primeiro momento, encontrou apenas vestígios de “matéria biológica coagulada”, que parecia ser sangue, em uma região de mata próxima. Esses primeiros sinais levantaram a possibilidade de algo mais grave ter ocorrido com o caseiro.
Com o avanço das buscas, os agentes da polícia encontraram restos mortais humanos e partes do corpo de Jorge Ávalo. Os fragmentos foram recolhidos no local e encaminhados para o Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana, onde foram realizados exames necroscópicos e de DNA. A partir da análise, a identidade de Jorge foi confirmada, mas a causa de sua morte ainda permanecia indefinida.
Captura da onça-pintada
Em 24 de abril de 2025, a polícia conseguiu capturar uma onça-pintada que foi identificada como possível responsável pelo ataque fatal ao caseiro. O animal foi levado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande (MS), para ser tratado e estudado.
No entanto, durante o processo de transporte, a onça defecou, o que revelou um fato ainda mais revelador para os investigadores.
Ossos e cabelos encontrados nas fezes da onça
A grande surpresa da investigação veio quando os agentes encontraram ossos e cabelos aparentemente humanos nas fezes da onça-pintada. De acordo com o delegado Luis Fernando Domingos Mesquita, responsável pela investigação, esses restos biológicos foram coletados para análise.
A presença de ossos e cabelos humanos nas fezes do felino sugere fortemente que ele tenha consumido partes do corpo de Jorge Ávalo.
Após a descoberta das fezes da onça, os investigadores encaminharam os materiais coletados para o Instituto de Perícia. Os peritos estão agora aguardando os resultados dos exames de DNA para confirmar se os ossos e cabelos encontrados realmente pertencem a Jorge Ávalo.
Os restos mortais encontrados no local do desaparecimento também serão comparados com o material biológico recolhido, como o sangue coagulado, para garantir que a morte de Jorginho tenha sido, de fato, causada pelo ataque do animal.
Confirmação do ataque de um animal silvestre de grande porte
O delegado Luis Fernando Mesquita afirmou com certa convicção que o caso de Jorge Ávalo trata-se, sem dúvidas, de um ataque de um animal silvestre de grande porte. Embora ainda faltem alguns detalhes para concluir o laudo pericial, as evidências encontradas até o momento indicam que a onça-pintada foi a responsável pela morte do caseiro.
Agora, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul aguarda os laudos finais do Instituto de Perícia, que incluirão tanto os exames de DNA quanto a análise do local onde ocorreram os eventos. Essas conclusões serão cruciais para o encerramento do caso e para o esclarecimento de todos os detalhes do trágico acontecimento.
