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Objeto estranho é encontrado na Via Láctea por astrônomos

Por Leticia Florenço
30/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Localização do objeto na via Láctea. — Foto: Divulgação

Localização do objeto na via Láctea. — Foto: Divulgação

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Astrônomos de diversas partes do mundo estão fascinados com a recente descoberta de um objeto celeste incomum dentro da nossa própria galáxia, a Via Láctea.

Caracterizado por emitir simultaneamente ondas de rádio e raios X em um ciclo que se repete a cada 44 minutos, esse objeto desperta um enorme interesse por seu comportamento singular, que pode mudar nossa compreensão dos fenômenos astronômicos mais energéticos.

A descoberta e o fenômeno observado

A identificação desse corpo celeste, nomeado ASKAP J1832−091, ocorreu quase que por acaso durante observações realizadas pelo Observatório de Raios X Chandra, da NASA, que investigava os restos de uma supernova próxima.

Durante cerca de um mês, o objeto exibiu emissões intensas em raios X combinadas com sinais de rádio, fenômeno conhecido como transiente de rádio de longo período. Após esse período, a atividade cessou, indicando um comportamento altamente variável ou episódico.

Localização e contexto astronômico

Situado a aproximadamente 15 mil anos-luz da Terra, ASKAP J1832−091 está inserido em uma região da Via Láctea densa em estrelas, gás e poeira, fatores que tornam o ambiente propício para processos cósmicos complexos.

A distância ainda não foi medida com precisão suficiente, o que impede confirmar uma relação direta entre o objeto e a supernova próxima observada. Para se ter uma noção da escala, um ano-luz equivale a cerca de 9,5 trilhões de quilômetros, destacando a vastidão entre nós e esse estranho emissor.

Possíveis naturezas do objeto

De acordo com o astrônomo Ziteng Andy Wang, da Universidade Curtin, o objeto pode ser uma estrela morta com propriedades magnéticas extremas, como uma estrela de nêutrons ou uma anã branca.

Essas estrelas compactas são conhecidas por seus intensos campos magnéticos e emissões periódicas, mas o comportamento específico de ASKAP J1832−091 difere do que normalmente se observa. Isso sugere a intrigante possibilidade de que estejamos diante de um tipo de objeto totalmente novo, ainda desconhecido pela ciência.

A tecnologia por trás da descoberta

A detecção das emissões deste objeto foi possível graças ao Observatório Chandra, que opera desde 1999 e é equipado para captar raios X emitidos por corpos altamente energéticos no universo.

Funcionando além da atmosfera terrestre, o Chandra evita interferências que dificultam observações feitas a partir da Terra. Essa tecnologia avançada possibilitou o registro do fenômeno raro do transiente de rádio de longo período, até então pouco compreendido.

Significado do ciclo de 44 minutos

O ciclo de emissão repetitivo a cada 44 minutos é um dos aspectos mais enigmáticos do objeto. Ele sugere a existência de um processo periódico ou rotacional em seu interior, possivelmente relacionado à rotação de uma estrela compacta com um campo magnético poderoso.

Esse padrão é incomum, já que objetos conhecidos como pulsares geralmente possuem ciclos muito mais curtos, na ordem de segundos ou milissegundos, indicando que o ASKAP J1832−091 pode operar sob regras físicas ainda desconhecidas.

Implicações para a astronomia

Essa descoberta reforça a ideia de que o universo está repleto de mistérios ainda por desvendar, mesmo dentro da nossa própria galáxia. Caso mais objetos com características semelhantes sejam encontrados, eles podem representar uma nova categoria de corpos celestes que desafiam as classificações atuais.

Entender esse fenômeno pode revelar mecanismos inéditos relacionados à geração de campos magnéticos e emissões energéticas em condições extremas.

Próximos passos da pesquisa

Os astrônomos estão empenhados em continuar observando ASKAP J1832−091 para decifrar suas variações e a natureza exata das emissões. A combinação de dados obtidos em diferentes comprimentos de onda, rádio, raios X e possivelmente outras regiões do espectro eletromagnético, será essencial para entender melhor esse objeto.

Além disso, a busca por outros transientes semelhantes poderá ampliar o conhecimento sobre essa classe de fenômenos.

Em qualquer das hipóteses, o avanço do conhecimento sobre esses fenômenos cósmicos será fundamental para ampliar nossa visão do universo e dos processos que nele ocorrem.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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