De acordo com pesquisas divulgadas pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia e pela Escola de Enfermagem Frances Payne Bolton, o método mais eficiente para aprender não está necessariamente ligado a estudar por mais horas, mas sim à forma como o conteúdo é absorvido e processado.
Pesquisadores como Mark McDaniel, Henry L. Roediger e Peter C. Brown, autores do livro Make It Stick: The Science of Successful Learning, destacam que técnicas como repetição passiva, leitura e releitura de textos, apesar de comuns, não são suficientes para garantir a fixação do conteúdo na memória de longo prazo.
Dessa forma, compreender como o cérebro funciona no processo de aprendizagem é essencial, especialmente para quem está se preparando para vestibulares, concursos ou certificações.
Prática ativa e alternância de assuntos são chaves para aprender
Vale mencionar que uma das estratégias mais eficazes, segundo os especialistas, é transformar o aprendizado em prática ativa. Isso significa utilizar, na prática, aquilo que está sendo estudado, seja explicando o conteúdo, aplicando em exercícios ou resolvendo simulados.
A simples releitura de anotações ou livros, apesar de trazer uma falsa sensação de domínio, não é suficiente. Isso porque, para que a memória de longo prazo seja estimulada, é preciso realizar constantes exercícios de recuperação de informações, como responder questões ou fazer resumos sem consultar o material.
Outro detalhe importante é evitar longas sessões focadas em apenas uma disciplina. Intercalar assuntos diferentes durante o mesmo período de estudos ajuda a manter o cérebro mais engajado, além de melhorar a retenção.
Sendo assim, quem estuda matemática, história e biologia, por exemplo, deve organizar blocos alternados, em vez de concentrar horas em uma única matéria.
Dormir bem e escrever à mão também fortalecem o aprendizado
Além disso, práticas simples, como dormir bem, fazem toda a diferença na performance cognitiva. Estudos da Frances Payne Bolton School of Nursing, em Cleveland, demonstram que o sono não apenas regenera o cérebro, mas também consolida os conhecimentos adquiridos, favorecendo a memorização de longo prazo.
Outro ponto relevante é a escrita manual. Uma vez que escrever à mão ativa conexões motoras e cognitivas, o cérebro passa a organizar melhor as informações. Isso resulta em maior concentração, estímulo da criatividade e fortalecimento da memória, benefícios que a digitação, sozinha, não é capaz de proporcionar.