O Crédito do Trabalhador, nova modalidade de empréstimo consignado, já movimentou bilhões de reais desde sua implementação. Com parcelas médias de R$ 349,20 e prazos de até 18 meses, o programa tem beneficiado milhares de trabalhadores formais, oferecendo uma alternativa de crédito com desconto direto na folha de pagamento.
Com a recente liberação de valores expressivos, o Governo Federal reforça a importância da análise criteriosa antes da contratação, destacando que instituições como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil já oferecem taxas reduzidas.
Recursos liberados e trabalhadores beneficiados
Os números revelam a rápida adesão à nova linha de crédito. Até as 17h do dia 1º de abril, o programa já havia liberado R$ 2,8 bilhões, beneficiando 452.445 trabalhadores em um total de 453.494 contratos firmados. O valor médio concedido por trabalhador foi de R$ 6.240,57.
Os dados da Dataprev, encaminhados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram a distribuição dos valores com base na faixa salarial dos trabalhadores. No dia anterior, 31 de março, os números registrados foram os seguintes:
- Trabalhadores com até dois salários mínimos: R$ 402,9 milhões liberados, atendendo 104.747 pessoas.
- Trabalhadores com renda entre dois e quatro salários mínimos: R$ 656,9 milhões, beneficiando 117.840 pessoas.
- Trabalhadores que recebem entre quatro e oito salários mínimos: R$ 472,9 milhões contratados, com 72.678 beneficiários.
- Trabalhadores com renda acima de oito salários mínimos: R$ 801,1 milhões liberados, contemplando 76.361 trabalhadores.
Com esses números, fica evidente que o programa alcança diferentes perfis de trabalhadores, permitindo acesso ao crédito de forma proporcional à sua renda.
Orientação do governo e taxas de juros
O Governo Federal alerta para a importância da comparação entre as taxas de juros antes de fechar um contrato de empréstimo. Bancos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil já disponibilizam a modalidade com taxas mais baixas, o que pode ser um fator decisivo na escolha da instituição financeira.
Entre as principais recomendações para os trabalhadores estão:
- Comparar as taxas de juros entre diferentes instituições antes de contratar o empréstimo.
- Utilizar o crédito de forma consciente, priorizando o pagamento de dívidas com juros mais altos.
- Evitar comprometer excessivamente a renda, considerando o impacto do desconto na folha de pagamento.
Quem pode contratar o novo Empréstimo Consignado
Criado pela Medida Provisória nº 1.292, o Crédito do Trabalhador entrou em vigor no dia 21 de março e tem potencial para atender até 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Podem aderir ao programa:
- Empregados domésticos.
- Trabalhadores rurais.
- Funcionários de Microempreendedores Individuais (MEI).
Para aderir, é necessário que o trabalhador não tenha outro empréstimo consignado vinculado ao mesmo emprego. O crédito está disponível exclusivamente pela Carteira de Trabalho Digital e, a partir do dia 25 de abril, poderá ser contratado diretamente nas plataformas digitais de todas as instituições financeiras que aderirem à iniciativa.
Migração de empréstimos e novas garantias
A partir de 25 de abril, trabalhadores que já possuem empréstimos consignados poderão migrar seus contratos para essa nova modalidade. O desconto continuará sendo feito diretamente na folha de pagamento, respeitando o limite da margem consignável de 35% do salário.
Além disso, há novas opções de garantia para o pagamento do empréstimo em caso de demissão:
- Uso de até 10% do saldo do FGTS para amortização da dívida.
- Possibilidade de utilizar 100% da multa rescisória para quitar o saldo restante do empréstimo.
Essas medidas podem proporcionar maior segurança financeira para o trabalhador, reduzindo o risco de inadimplência e facilitando a quitação do crédito.
Com a ampliação da modalidade a partir de abril, mais instituições financeiras estarão disponíveis para ofertar o crédito, tornando ainda mais importante a pesquisa e comparação das condições para garantir a melhor escolha.