A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) aponta que, apesar da consolidação do home office durante a pandemia, muitas empresas vêm retomando o modelo presencial ou adotando formatos híbridos mais estruturados.
Com isso, profissionais que continuam em casa têm buscado novas formas de organizar o espaço de trabalho, acompanhando tendências como os escritórios flutuantes e móveis multifuncionais.
A demanda por soluções que integrem praticidade e estética tem crescido. Em ambientes compactos, os móveis com design minimalista e sistema dobrável ganham destaque. São alternativas que não exigem reformas e se adaptam bem a estúdios, salas, corredores largos ou até cantos antes inutilizados da casa.
Essa mudança no ambiente de trabalho está diretamente ligada às transformações do mercado corporativo. Relatórios recentes mostram uma queda na oferta de vagas 100% remotas e um aumento expressivo nas posições híbridas, realidade que se confirma em plataformas como a Gupy, especializada em recrutamento online.
Como funciona os imóveis de home office
Com a redução dos dias de trabalho remoto em diversas empresas, os profissionais que permanecem em casa precisam de espaços funcionais, mas que também possam ser ocultados ao final do expediente.
É o caso dos chamados “escritórios flutuantes”, que incluem modelos como estantes com mesa retrátil, mesas dobráveis embutidas em nichos e superfícies drop down, que se transformam em mesas ao serem abertas.
Vale mencionar que esses móveis não apenas otimizam espaço, mas também ajudam a criar um ambiente de foco e produtividade. Isso porque muitos profissionais relatam dificuldades em separar vida pessoal do trabalho, especialmente quando o espaço físico não colabora.
Dessa forma, a possibilidade de esconder completamente a estação de trabalho ao final do dia se torna um diferencial importante.
Além disso, dados da consultoria imobiliária JLL mostram uma recuperação no mercado de escritórios comerciais. Em São Paulo, por exemplo, a taxa de vacância caiu no último trimestre de 2024, refletindo a movimentação de empresas que retomam ou ampliam suas estruturas físicas.
Esse fenômeno acompanha decisões de grandes corporações, como Amazon e Dell, que impuseram restrições ao home office, o que também influencia o comportamento dos profissionais que decidem investir mais no ambiente residencial de trabalho.
Outro detalhe importante é que, apesar do discurso corporativo voltado à integração e produtividade no presencial, especialistas em comportamento organizacional apontam uma motivação de controle por parte dos empregadores. Isso revela um desafio de equilíbrio entre cultura empresarial e as demandas contemporâneas por flexibilidade, diversidade e bem-estar.
Sendo assim, o movimento em torno do home office em 2025 é menos sobre abandonar o trabalho remoto e mais sobre adaptá-lo. Móveis versáteis, soluções de design inteligente e uma nova mentalidade sobre produtividade moldam o futuro do trabalho em casa, mesmo diante da pressão crescente por presença física nos escritórios.