O Ministério da Saúde anunciou uma reestruturação no programa Mais Acesso a Especialistas, lançado em 2024 com o objetivo de reduzir as filas de espera por consultas e procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS).
É importante mencionar que a mudança é parte de um esforço do governo federal para ampliar o acesso a exames e cirurgias, incluindo a utilização da rede privada. A proposta é vista como uma resposta à crescente demanda reprimida e à cobrança por resultados concretos na área da saúde.
Segundo dados divulgados pelo próprio Ministério da Saúde, o tempo médio de espera por uma consulta no SUS alcançou 57 dias em 2024, o maior índice já registrado.
Para contornar essa situação, a nova gestão da pasta, sob comando de Alexandre Padilha, aposta em um modelo de parcerias com hospitais particulares e operadoras de planos de saúde, permitindo que dívidas dessas instituições com a União sejam convertidas em procedimentos médicos gratuitos para usuários da rede pública.
Governo amplia uso da rede privada para desafogar filas do SUS
A nova estratégia do governo federal propõe um pacote integrado de atendimento ao paciente, reunindo consulta, exame e cirurgia em um único processo. Com isso, elimina-se a fragmentação do sistema anterior, que exigia marcações e pagamentos separados, muitas vezes causando atrasos e aumentando a burocracia.
Além disso, está prevista uma reformulação completa na forma como os serviços são pagos. Em vez de transferências descentralizadas para estados e municípios, como ocorria na gestão anterior, o novo modelo prevê que o pagamento seja feito diretamente pelo Ministério da Saúde, centralizando o controle e a execução dos recursos.
Outro detalhe importante é que o governo também pretende rebatizar o programa. A mudança de nome busca torná-lo mais compreensível e atrativo para a população. Expressões como “mutirão” e “fila” devem ser incorporadas à nova identidade, e o relançamento está previsto para maio.
Novas parcerias e a promessa de agilidade
É importante mencionar que, além da ampliação do uso da rede privada, a estratégia inclui a realização de mutirões em diversas regiões do país. Essas ações deverão ocorrer fora de unidades tradicionais de saúde, como postos e hospitais, para reforçar o caráter excepcional e emergencial da medida.
Vale mencionar que, apesar do potencial impacto positivo, especialistas destacam que o maior gargalo ainda é a escassez de médicos especializados, o que pode limitar os efeitos imediatos da reestruturação.