Uma mulher internada no Hospital Juan March, em Bunyola, na ilha de Maiorca (Espanha), foi dada como morta pela equipe médica e surpreendeu a todos ao apresentar sinais vitais a caminho do próprio funeral.
Segundo o jornal britânico The Mirror, a paciente, que não teve sua identidade revelada, foi declarada morta após agravamento de seu estado clínico. Ela chegou a ser transferida para o necrotério e, em seguida, encaminhada à funerária Son Valenti, onde seu corpo seria preparado para o sepultamento.
No entanto, um funcionário da funerária percebeu que ela ainda apresentava pulso e chegou a mexer os dedos durante a checagem. Com isso, os paramédicos foram acionados e confirmaram que a paciente estava viva, levando-a imediatamente de volta ao hospital.
Até o momento, seu estado de saúde não foi divulgado oficialmente. Uma investigação interna está em andamento para apurar a falha no diagnóstico da morte.
Funeral semelhante acontece ao redor do mundo
Vale mencionar que este não é um caso isolado. Em junho de 2023, a equatoriana Bella Montoya, de 76 anos, foi declarada morta e acordou dentro do caixão, durante seu velório. O episódio ocorreu quando familiares ouviram sons vindos de dentro do esquife e perceberam que ela ainda estava viva. Infelizmente, Bella faleceu uma semana depois, após ser hospitalizada novamente.
Outro detalhe importante é o caso da adolescente americana Sammy Berko, que sofreu uma parada cardíaca durante uma sessão de escalada e foi declarada morta. Duas horas depois, enquanto os pais se despediam, ela deu sinais de vida e foi reanimada com sucesso.
Na Guatemala, também em 2023, uma mulher diagnosticada com desnutrição grave foi considerada morta e encaminhada ao necrotério. Cinco horas depois, começou a se mover dentro da mortalha. Apesar da tentativa de reanimação, acabou falecendo após a segunda declaração de óbito.
Quando a morte não é o fim
É importante mencionar que condições clínicas raras, como a catalepsia, podem gerar episódios de rigidez muscular extrema e ausência de resposta motora, simulando a morte. Já a Síndrome de Cotard, um transtorno psiquiátrico, pode levar o indivíduo a acreditar que está morto ou sem órgãos internos.
Dessa forma, diagnósticos equivocados podem resultar em situações críticas, como o enterro prematuro. De acordo com especialistas, os principais riscos de ser enterrado vivo incluem a falta de oxigênio, pânico extremo, exaustão e até fraturas por compressão da terra. A morte, nesses casos, pode ocorrer em poucos minutos.
Sendo assim, episódios como o da mulher espanhola reforçam a importância de protocolos rigorosos para confirmação de óbitos. A investigação em andamento deverá esclarecer se houve falha humana, técnica ou se a paciente foi vítima de alguma condição clínica pouco compreendida.